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11/09/2014 19h45

Pai diz que casal via menino Joaquim como um estorvo

Arthur Paes Marques, pai do menino Joaquim, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira, 11, à Justiça de Ribeirão Preto sobre a morte do filho. Ele declarou acreditar na participação direta da ex-mulher, a psicóloga Natália Ponte, na morte da criança. No processo, a psicóloga é citada somente por omissão.

"Era muito difícil aplicar insulina no meu filho", afirmou Arthur Marques sobre a overdose do remédio que teria matado Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em novembro do ano passado. Ele falou ainda que Natália e o principal suspeito pela morte do garoto, Guilherme Longo, viam Joaquim como um estorvo na vida do casal.

"Para eles, era um saco de lixo que eles jogaram no rio", afirmou. Marques, que ficou de frente com sua ex-mulher e o padrasto do filho, contou ter tratado com indiferença a presença dos dois. "Eu entrei lá pensando no meu filho, pensando no meu pequeno. É uma criança, é meu filho, e eu vou lutar até o fim por Justiça."

Ele falou ainda ter estranhado as declarações da família de Natália em favor de Guilherme Longo. "Acho estranho os familiares mudarem agora de lado, tentarem pintar o Guilherme como um santo". Para ele, o padrasto pode ter ameaçado Natália e dito: "Ou você me alivia ou eu te levo junto".

Audiências

O depoimento aconteceu no Fórum de Ribeirão Preto e foi tomado pela juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos Bezerra. O caso está na fase de audiências e mais de 20 pessoas devem depor até esta sexta-feira, 12, incluindo Natália e Longo.

Longo está preso em Tremembé, mas foi levado a Ribeirão para acompanhar os depoimentos, caso as testemunhas concordem. Natália também pode acompanhar as audiências, mas ao contrário dele, chegou a ficar presa e depois foi solta porque não teria envolvimento direto no crime, segundo a denúncia apresentada à Justiça.

Histórico

Joaquim Ponte Marques sumiu de sua casa em Ribeirão Preto e cinco dias depois seu corpo foi localizado boiando no Rio Pardo, em Barretos (SP). Longo é réu na ação porque, na versão da polícia e do Ministério Público, teria matado a criança - que era diabética - com uma dose excessiva de insulina e jogado o corpo no córrego perto de sua casa. Tanto ele, quanto Natália, negam qualquer participação na morte da criança.

Fonte: Estadão Conteúdo
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