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05/04/2011 10h19

Parkinson em Minas Gerais SUS oferece tratamento para Doença de Parkinson

SUS oferece tratamento para Doença de Parkinson em Minas Gerais

O Dia Nacional Parkinsoniano foi lembrado nesta segunda-feira (4), data em que a comunidade científica se volta para a população com o intuito de conscientizar sobre a Doença de Parkinson, a importância do diagnóstico correto e as possibilidades de tratamento para a manutenção da qualidade de vida do paciente.

Descoberto há quase 200 anos, o Parkinson é uma das doenças neurológicas mais comuns nos dias de hoje, afetando cerca de 1% da população acima de 65 anos. Em Minas Gerais, é feita a distribuição gratuita dos medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Alto Custo) da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Ao todo são disponibilizados 10 medicamentos para o tratamento da doença.

Além da medicação apropriada, a SES também oferece aos parkinsonianos acompanhamento multidisciplinar através do Programa Mais Vida. “Os Centros Mais Vida são parte da Rede Macrorregional de Atenção ao Idoso no Estado. São responsáveis pela avaliação do idoso considerado frágil, dentre eles os idosos suspeitos de serem portadores da Doença de Parkinson. Uma equipe do Centro Mais Vida faz a avaliação do paciente e após o diagnóstico, orienta o tratamento”, afirma a coordenadora estadual de Atenção ao Idoso, Eliana Bandeira.

Com tratamento complexo, à base de medicamentos e acompanhamento médico multidisciplinar, a Doença de Parkinson ainda não tem cura. Caracterizada como uma doença neuro degenerativa e progressiva, o Parkinson se dá pela morte dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos do corpo. Por isso, os principais sintomas estão relacionados a essa funcionalidade. Ou seja, o paciente apresenta sinais motores como tremores, desequilíbrio, movimentos lentos ou retardados (bradicinesia), involuntários (espasmódicos) e rígidos. Além disso, há também sinais não motores, como demência, depressão, psicose, disfunção autonômica e baixa percepção olfatória. Com a evolução da doença a escrita torna-se menor (micrografia), a voz se torna baixa e monótona, e a face inexpressiva.

Embora seja mais comum após os 60 anos e apresente uma leve predominância em homens, a Doença de Parkinson pode acometer pessoas de qualquer idade e de ambos os sexos. De acordo com Eliana Bandeira, “a estimativa de prevalência da doença é de 100 a 200 casos por 100 mil habitantes e sua incidência é de 20 casos em 100 mil habitantes por ano”, afirma.

Dispensação dos medicamentos

Para ter acesso à medicação, o paciente ou seu representante, deve se dirigir à Gerência Regional de Saúde de referência do município onde reside e apresentar o pedido do médico, bem como a documentação necessária.

Desde 2009, alguns medicamentos que antes pertenciam ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (antigo Componente de Dispensação Excepcional) passaram a ser de responsabilidade dos municípios. Dentre esses medicamentos, estão a Levodopa, Carbidopa e Benzerazida, sendo que a dispensação destes medicamentos deverá ser realizada pelo farmacêutico do município.

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