15/02/2023 16h00
PF desmonta esquema bilionário de contrabando de ouro da Amazônia
A PolÃcia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 15, a Operação Sisaque contra um esquema de contrabando de ouro oriundo de garimpos ilegais na região Amazônica.
Os policiais cumprem três mandados de prisão e 27 de busca e apreensão em Belém (PA), Santarém (PA), Itaituba (PA), Rio de Janeiro (RJ), BrasÃlia (DF), Goiânia (GO), Manaus (AM), São Paulo (SP), Tatuà (SP), Campinas (SP), Sinop (MT) e Boa Vista (RR).
A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões dos investigados. A PF vê indÃcios de quaro crimes: organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração de recursos minerais sem licença e comércio de ouro obtido a partir de usurpação de bens da União.
O inquérito foi aberto em 2021 com base em relatórios da Receita Federal que apontaram o 'esquentamento' do ouro extraÃdo ilegalmente. O esquema seria operado por meio de empresas de fachada usadas na emissão de notas fiscais para introduzir o ouro no mercado como se fosse regular.
A investigação aponta que, entre 2020 e 2022, as notas fiscais fraudulentas ultrapassaram o montante de R$ 4 bilhões para aproximadamente 13 toneladas de ouro ilÃcito.
A PF identificou que o ouro extraÃdo da Amazônia Legal era exportado, principalmente por meio de uma empresa sediada nos Estados Unidos, para paÃses como Itália, SuÃça, Hong Kong e Emirados Ãrabes Unidos.
"Uma das formas de fazer isso era criando estoques fictÃcios de ouro, de modo a acobertar uma quantidade enorme do minério sem comprovação de origem lÃcita", explica a corporação.
O objetivo da operação é reunir novas provas contra o garimpo clandestino, especialmente na região de Itaituba, cidade de 92 mil habitantes no Vale do Tapajós, maior região aurÃfera do Oeste paraense.
Fonte: Estadão Conteúdo