17/12/2014 18h40
Polícia desmonta versão da motorista de transporte escolar
A polÃcia do Rio de Janeiro desmontou a versão da motorista de transporte escolar Cláudia Vidal da Silva para a morte do menino Gabriel de Oliveira Alves, de dois anos, que sofreu insolação depois de passar duas horas trancado em seu carro, na semana passada. Ela sustentava que havia passado mal e ficado desacordada nesse perÃodo, mas investigadores descobriram que ela foi a um salão fazer as unhas, deixando intencionalmente a criança sozinha no veÃculo.
A dona do salão e a manicure que atendeu Cláudia prestaram depoimento e contaram que ela já tinha horário previamente marcado na sexta-feira - no mesmo horário em que deveria levar Gabriel à creche. A agenda foi apreendida pela polÃcia, que a havia indiciado por abandono de incapaz seguido de morte e agora deve mudar o crime para homicÃdio culposo (sem intenção de matar).
"Nós não acreditamos na primeira versão, a história não era crÃvel. A versão verdadeira é de que ela pegou o Gabriel em casa por volta das 10h24 e, dez minutos depois, parou o carro. Foi ao salão, no qual entrou à s 10h37, e ficou até 12h25. Quando retornou para o veÃculo, viu que o Gabriel já estava em estado convulsivo", disse o delegado à frente do caso, Felipe Curi, da Delegacia de Vicente de Carvalho.
A polÃcia recolheu imagens que ratificam os relatos da manicure e da proprietária do salão. "São imagens distantes, mas dá pra ver que é a Cláudia e o Gol dela, dá pra ver o horário de entrada e saÃda do salão. Não deu tempo de ela `esquecer' que o menino estava no carro. Cláudia deixou intencionalmente o menino e foi à manicure", informou o delegado. Gabriel, que teve insolação e desidratação (o dia foi de extremo calor), foi enterrado domingo passado. Segundo a mãe, Carla Oliveira, a motorista já havia "esquecido" o menino no carro outra vez. O transporte era irregular e Cláudia foi autuada também por exercÃcio ilegal da profissão. Ela até agora foi mantida em liberdade.
Fonte: Estadão Conteúdo