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27/01/2011 16h21

Português Por dentro da língua - II

Por dentro da língua - II

 

Importantes dicas de Português para você não tropeçar nas palavras

 

26 – Pouca gente tem coragem de usar, mas o plural de caráter é “caracteres”. Então, “Carlos pode ser um bom-caráter, mas os irmãos dele são dois maus-caracteres”.

 

27 – Cartão de crédito e cartão de visita não pedem hífen. Já cartão-postal exige o sinal gráfico.

 

28 – Catequese se escreve com “s”, mas “catequizar” é com “z”. Esse português...

 

29 – O exemplo acima foge de uma regrinha que diz o seguinte: os verbos derivados de palavras primitivas grafadas com s formam-se com o acréscimo do sufixo “ar”: análise - analisar, pesquisa - pesquisar, aviso - avisar, paralisia - paralisar, etc.

 

30 – Censo, com “c”, significa recenseamento, o processo de contagem ou levantamento populacional; já senso, com “s”, refere-se a juízo, a faculdade de julgar, raciocinar, entender. Por exemplo: “o censo deste ano deve ser feito com senso crítico.

 

31 – Você não bebe “a” champanhe. Bebe “o” champanhe. É, portanto, palavra masculina.

 

32 – “Cidadão” só tem um plural: “cidadãos”.

 

33 – “Cincoenta” não existe. Escreva sempre “cinqüenta”.

 

34 – Ainda tem gente que erra quando vai falar “gratuito” e dá tonicidade ao i, como de fosse gratuíto. O certo é gratuito, da mesma forma que pronunciamos intuito, circuito, fortuito, etc.

 

35 – E ainda tem gente que teima em dizer “rubrica”, em vez de “rubrica” (sem acento), com a sílaba “bri” mais forte que as outras. Escreva e diga sempre rubrica.

 

36 – Ninguém diz: eu “coloro” esse desenho. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A mesma coisa é o verbo “abolir”. Ninguém é doido de dizer eu abulo. Pra dar um jeitinho, diga: eu vou “colorir” esse desenho. Ou, eu vou “abolir” esse preconceito.

 

37 – Outro verbo danado é “computar”. Não podemos conjugar as três primeiras pessoas: eu computo, tu computas, ele computa. A tendência é entender outra coisa, não é mesmo? Então, para evitar esses palavrões, decidiu-se pela proibição da conjugação nessas pessoas. Mas se conjugam as outras três do plural: computamos, computais, computam.

 

38 – Outra vez atenção: os verbos terminados em “uar” fazem a segunda e a terceira pessoa do singular do presente do indicativo e a terceira pessoa do imperativo afirmativo em “e” e não em “i”. Observe: “Eu quero que ele continue assim”; “Efetue essas contas, por favor”; “Menino, continue onde estava”.

 

39 – A propósito do item anterior, devemos lembrar que os verbos terminados em “uir” devem ser escritos naqueles tempos com “i”, e não “e”. Veja: “Ele possui muitos bens”; “Ela me inclui entre seus amigos de confiança”; “Isso influi bastante nas minhas decisões”; “Aquilo não contribui em nada com o progresso”.

 

40 – Coser, com “s”, significa costurar; já cozer, com “z”, significa cozinhar.

 

41 – O correto é dizer “deputado por São Paulo”, “senador por Pernambuco” – e não, deputado “de” São Paulo, ou senador “de” Pernambuco.

 

42 – Descriminar” é absolver de crime, inocentar. “Discriminar” é distinguir, separar. Então dizemos: “alguns políticos querem descriminar o aborto”; “não devemos discriminar os pobres”.

 

43 – “Dia a dia” (sem hífen) é uma expressão adverbial que quer dizer todos os dias, dia após dia. Por exemplo: “dia a dia minha saudade vai crescendo”. Já a expressão “dia-a-dia” (com hífen) é um substantivo que significa cotidiano e admite o artigo: “o dia-a-dia dessa gente rica deve ser um tédio”.

 

44 – A pronúncia certa é disenteria – e não desinteria.

 

45 – A palavra “dó” (pena) é masculina. Portanto: “sentimos muito dó daquela moça”.

 

46 – Nas expressões “é muito”, “é pouco”, “é suficiente”, o verbo ser fica sempre no singular, sobretudo quando denota quantidade, distância, peso. Ex: “dez quilos é muito”; “dez reais é pouco”; “dois gramas é suficiente”.

 

47 – Há duas formas de dizer: “é proibido entrada”, e “é proibida a entrada”. Observe a presença do artigo “a” na segunda locução.

 

48 – Já se disse muitas vezes, mas vale repetir: é “televisão em cores” – e não, a cores.

 

49 – Cuidado: “emergir” é vir à tona, vir à superfície. Por exemplo: “o monstro emergiu do lago”. Mas “imergir” é o contrário: é mergulhar, afundar. Veja: “o navio imergiu em alto-mar”.

 

50 – A confusão é grande, mas se admitem as três grafias: “enfarte”, “enfarto” e “infarto”.

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