17/09/2014 17h55
Presos dois suspeitos de liderar facção criminosa no ABC
Menos de um mês após realizar prisões contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), a PolÃcia Civil voltou a agir na região metropolitana de São Paulo. Nesta quarta-feira, 17, a Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes (Dise) de São Bernardo do Campo identificou e prendeu homens que atuariam como lÃderes da facção no ABC.
Marcos Lauriano da Silva, conhecido como "são paulino", e Wellington Ferreira de Souza, "Fulba" ou "FB" foram presos e apontados como lÃderes do PCC na região após a investigação contra os antigos ocupantes do posto. No dia 22 de agosto, a polÃcia havia prendido mais de 20 pessoas ligadas à facção, o que teria forçado a "reestruturação" da organização criminosa.
O delegado Carlos Alberto da Cunha afirma que os suspeitos eram os substitutos designados para representar a facção na rua em negócios de tráfico de drogas e eventuais ações de punição. Marcos Lauriano já ocupava há 20 dias o posto "de confiança" no ABC e Wellington Ferreira dividiria o posto ainda nesta semana. Com a ação, a polÃcia disse ter desarticulado novamente a liderança da facção na região.
"Os elementos de prova apontam para a ligação deles com a facção e seriam responsáveis pela ação do PCC nas ruas", disse Cunha à reportagem na tarde desta quarta. Em nota, a polÃcia disse ter interceptado conversas entre os membros que podem comprovar a atuação da dupla com a criminalidade. Marcos Lauriano responde a ações de tráfico de drogas e roubo na Justiça de São Bernardo do Campo.
Sintonia final
No dia 22 de agosto, a PolÃcia Civil havia deflagrado operação para combater o PCC em São Paulo. Na oportunidade, mais de 20 mandados de prisão foram cumpridos e entre os suspeitos detidos estavam duas pessoas que representavam o interesse de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, lÃder máximo da facção.
Naquela oportunidade, o delegado Carlos Alberto da Cunha havia destacado a forma com a qual os lÃderes suspeitos agiam. "O cargo deles nasceu para aliviar o comando preso. Eles ganharam autonomia e em uma série de ações não tinham necessidade de se reportar. Como a comunicação estava exÃgua, eles tiveram a necessidade de ampliar os poderes na rua", explicou.
Os cargos teriam nascido por causa de medidas do Estado, como bloqueadores de celular e escutas, que dificultaram a comunicação entre os criminosos.
Fonte: Estadão Conteúdo