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30/10/2012 16h21

Regional Profissionalização diferencia artesãos

Profissionalização diferencia artesãos

O artesanato tem despertado o interesse de muitas famílias rurais. Além de ser uma atividade lucrativa, os trabalhos resgatam a cultura da comunidade e, ainda, tem uma função terapêutica. Entretanto, assim, como em outras profissões, não dá para apostar apenas em talento, é preciso investir na profissionalização. É o que garante a artesã e instrutora credenciada pelo SENAR MINAS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Cláudia Lúcia Maciel.

Para Cláudia, a informação é importante para que os produtores rurais saibam como aproveitar o que eles possuem na propriedade. “Às vezes, eles têm a palha e não sabem utilizá-la. Com o artesanato, podem reaproveitá-la, diminuindo o desperdício e aumentando a renda familiar. É só mostrar que eles podem fazer peças lindas com o que têm em mãos.”

Ela afirma que o artesanato está, cada vez mais, no auge. “As peças de origem vegetal e mineral são as mais valorizadas. Quanto mais natural, melhor. Os consumidores querem inovação. Peças muito parecidas umas com as outras não têm tanta saída. Valoriza-se muito a criatividade.” A instrutora acredita que aqueles que fazem cursos profissionalizantes se diferenciam no mercado. “Muda a mentalidade.”

Renda e satisfação

Há oito anos Fernanda Ávila Prudente e a mãe faziam artesanato em casa, mas chegaram a conclusão que estavam muito escondidas e que precisavam mostrar mais os trabalhos para os moradores de Baependi. Há dois anos resolveram montar uma loja no Centro da cidade. Entre as peças à venda estão aquelas feitas em ponto cruz, macramê, patchwork, crochê e decoupage.

Fernanda conta que, por enquanto, o movimento está pequeno, mas tem esperanças que aumente. A aposta da artesã é quanto ao incremento do turismo. A cidade atrai romeiros devido ao Santuário de Nhá Chica e visitantes pela beleza natural, são mais de 50 cachoeiras. “O turismo está crescendo. Os visitantes são os que mais valorizam nosso trabalho.”

Para diversificar os trabalhos, participou de um curso de decoupage, realizado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Baependi e pelo SENAR MINAS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). “Foi o primeiro curso promovido pelo SENAR que participei e foi muito válido. A decoupage é um trabalho rápido e que oferece uma margem de lucro considerável, pois trabalhamos com material reciclável. O vidro que jogava fora, agora vira um objeto lindo.”

Ela afirma que pretende fazer outros cursos do SENAR MINAS na área. “Quero crescer, aperfeiçoar meus trabalhos e disponibilizar mais opções de mercadoria na loja.” Para ela, o artesanato é uma boa fonte de renda. Além disso, ela ressalta a satisfação com a atividade. “É muito gratificante ver uma peça pronta.”

 Assessora de Comunicação - SENAR Minas - regional Juiz de Fora

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