22/09/2014 19h25
Sabesp: Cantareira vai subir 10,7 pontos com 2ª reserva
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) anunciou nesta segunda-feira, 22, que o nÃvel do Sistema Cantareira vai subir 10,7 pontos porcentuais com o uso da segunda cota do volume morto do manancial. Conforme o jornal O Estado de S.Paulo antecipou em agosto, a empresa pediu autorização para utilizar mais 106 bilhões de litros da reserva profunda das represas, mas a solicitação ainda não foi aprovada pelos órgãos reguladores do sistema.
Nesta segunda, o Cantareira está com 8% da capacidade, segundo a companhia, o menor patamar da história do manancial, concluÃdo no inÃcio da década de 1980. Se a incorporação dessa segunda cota do volume morto ocorresse hoje, o Ãndice subiria para 18,7%. Há cerca de três meses, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que não usaria mais água do volume morto, que tem cerca de 480 bilhões de litros.
Segundo a Sabesp, a obra para retirada da água profunda dos reservatórios já está pronta e a reserva "somente será utilizada se houver necessidade". O pedido para usar mais 106 bilhões de litros do volume morto da Represa JacareÃ, em Joanópolis, foi feito em agosto, mas ainda não foi autorizado pelos órgãos gestores do sistema, a Agencia Nacional de Ãguas (ANA) e o Departamento de Ãguas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE).
Quando incorporou a primeira cota do volume morto do Cantareira, de 182,5 bilhões de litros, no dia 15 de maio, o manancial estava com 8,2% da capacidade. A partir do acréscimo da reserva profunda, a Sabesp informou que o nÃvel do sistema havia subido para 26,7% da capacidade. Ao custo inicial de R$ 80 milhões, o bombeamento dessa reserva começou, na prática, no dia 31 de maio.
Agora, a previsão, segundo especialistas, é de que essa primeira reserva acabe na primeira quinzena de novembro. Segundo a Sabesp, a segunda cota, somada à s transferências de água de outros sistemas para regiões atendidas pelo Cantareira e a economia de água pela população, garante o abastecimento, "no mÃnimo, até março de 2015", mesmo "na remota hipótese de não chover uma gota na próxima estação chuvosa", que começa em outubro.
Fonte: Estadão Conteúdo