O salário mínimo deverá passar para R$ 719,48 no próximo ano. O valor consta no Projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2014, enviado nesta segunda-feira (15) pelo Executivo ao Congresso Nacional. Considerando o mínimo deste ano, de R$ 687, o aumento para o próximo ano será de apenas R$ 32.
Pela proposta, o mínimo terá reajuste de 6,12% no ano que vem. O projeto também prevê crescimento de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014 e inflação oficial também de 4,5% pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Apesar da perspectiva de que o Banco Central volte a reajustar os juros básicos da economia na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o documento indica manutenção da taxa Selic em 7,25% ao ano pelos próximos três anos, até o fim de 2016.
O último aumento do salário-mínimo começou a valer em janeiro e a cair da conta do trabalhador assalariado no mês seguinte, em fevereiro. O reajuste foi garantido por uma MP (Medida Provisória) aumentou a grana em R$ 56 e é de quase 9% em relação ao valor anterior, de R$ 622.
O aumento levou em consideração a variação real de crescimento do País no ano passado, que foi de 2,7%, mais o índice da inflação deste ano, que está estimado em 6,1% — entenda o cálculo no quadro abaixo.
Além do aumento no salário mínimo, o Planalto também anunciou a desoneração do imposto de renda dos valores recebidos como PLR (Participação nos Lucros e Resultado).
Os trabalhadores que ganham até R$ 6.000 como participação nos lucros ficam isentos da tributação sobre o valor. Para beneficiar também quem ganha acima desse valor, o governo decidiu escalonar as alíquotas, assim como faz com o Imposto de Renda.