Entrou em vigor neste 1º de janeiro o novo valor do salário mínimo, com reajuste para R$ 678. Mas o aumento de 9% não agradou os trabalhadores, e muitos reclamam que a quantia não é suficiente nem para pagar as contas.
De acordo com o economista João Ferrão, o reajuste deste ano foi menor se comparado com o do ano passado. Em 2012, o salário mínimo subiu 14%, ou seja, 5% a menos que neste ano.
O fato é que dinheiro a mais sempre ajuda no orçamento. No supermercado, por exemplo, ele pode render se o consumidor tiver tempo e paciência pra pesquisar preço. Com os R$ 56 a mais do reajuste, é possível montar um carrinho com vários produtos, como arroz, feijão, macarrão, molho, açúcar, sal, enlatados, ovos, farinha de trigo, fubá, leite, pão e óleo.
Quem depende do mínimo para viver tem que se virar para pagar as contas, como a gari Cassilda Gomes Julho, em que o salário mínimo é a única renda do mês inteiro. Segundo ela, o ideal seria começar o ano com um reajuste maior. "É difícil, mas é melhor pingar do que faltar", comenta.
Segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para que as pessoas pudessem suprir suas, o salário ideal teria que ser R$ 2,6 mil.
O trabalhador começa a receber o novo valor somente no pagamento de fevereiro. De acordo com informações da Agência Brasil, os benefícios pagos pela Previdência atrelados ao salário mínimo, como aposentadorias, acidentários ou assistenciais, também serão reajustados, provocando um impacto anual de mais de R$ 12 bilhões nas contas da Previdência.
Fonte Edição 762