05/11/2014 07h45
Valor dado a área do Jockey-SP não quita dívida de IPTU
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou nessa terça-feira, 4, que o valor determinado pela Justiça para desapropriação da Chácara do Jockey, na zona oeste da capital, foi estipulado em R$ 98 milhões. "O juiz arbitrou e ficou aquém da dÃvida (de R$ 133 milhões) do clube com a Prefeitura", afirmou. "Não vamos ter de desembolsar nada adicionalmente para ter a posse da chácara e devemos começar as obras para abri-la o mais rapidamente possÃvel", explicou.
Após três meses de negociação com o Jockey Club e de uma ação judicial, a Prefeitura informou no dia 2 de outubro que a desapropriação do terreno havia sido autorizada e a Chácara seria transformada em um parque municipal.
Dono do espaço, o Jockey Club aceitou negociar o valor da desapropriação em troca de um abatimento na dÃvida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que é estimada em R$ 133 milhões. Inicialmente, a proposta da Prefeitura era de pagar R$ 63,9 milhões, o que o presidente do clube, Eduardo da Rocha Azevedo, considerou como um valor "ridÃculo".
Os R$ 98 milhões decididos pela Justiça também foram contestados por Azevedo. "Nós vamos recorrer da decisão, queremos receber o que o terreno realmente vale", disse o presidente. Segundo ele, um perito contratado há cerca de dois anos pelo clube avaliou o terreno em R$ 180 milhões.
Abertura
Para abrir à população, o local ainda passará por reformas. Haddad disse ontem que a principal obra prevista é a substituição do muro existente por grades de parque. "Mas o local já está em condição de uso para caminhada e exercÃcio fÃsico, não vai exigir grandes investimentos", ressaltou.
Com 140 mil metros quadrados, a Chácara do Jockey é usada hoje como escolinha de futebol e palco para shows. A área também passará a abrigar projetos culturais e de entretenimento. "Já reservei as cocheiras para um programa cultural, porque acho que podem ser ateliês, estúdios", afirmou o prefeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo