07/10/2022 08h10
Vítima de 'golpe do amor' é libertada pela polícia de cativeiro em São Paulo
Um engenheiro de 33 anos foi libertado de um cativeiro por policiais civis, anteontem, ao ser vÃtima do chamado "golpe do amor", modalidade em que criminosos marcam falsos encontros por aplicativos de relacionamento para sequestrar os alvos após emboscadas.
Ele foi mantido 24 horas como refém em um cativeiro em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Um suspeito foi preso no local. O caso se soma a outros com o mesmo perfil ocorridos nas últimas semanas. Para o delegado Tarcio Severo, titular da 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Especiais (Dope), a percepção é que crimes desse tipo estão em alta.
Conforme a Secretaria dA Segurança Pública, policiais civis do Dope e da Delegacia Seccional de CarapicuÃba realizaram diligências após a famÃlia da vÃtima notificar o sumiço. "Verificamos uma semelhança com um outro caso, de sexta-feira, que nós havÃamos atendido e a vÃtima também foi libertada. Vimos que se tratava do mesmo padrão de conduta, o mesmo modus operandi, e fizemos uma diligência em locais que batiam com o outro caso", explica Severo.
Os agentes localizaram a vÃtima em um cativeiro em Barueri na noite de anteontem e a libertaram após ter ficado 24 horas refém. No local, ainda prenderam em flagrante um suspeito, de 27 anos, por extorsão e associação criminosa.
"A vÃtima reconheceu ele como sendo o responsável pelo arrebatamento, pela abordagem", afirma Severo. O prejuÃzo da vÃtima em transferências via Pix foi de R$ 10 mil, ainda segundo o delegado. As investigações prosseguem para localizar outros possÃveis envolvidos nesse caso.
EM ALTA
Para Severo, os casos de sequestro relâmpago envolvendo vÃtimas que usam aplicativo de relacionamento aumentaram ao longo deste ano. "Antigamente, a gente pegava muitos casos de sequestro do tipo que a gente chama de crime de oportunidade. São sequestradores que saem para a rua em busca de vÃtimas aleatórias", afirma. "Hoje, não. Eles utilizam plataformas, sites, aplicativos de namoro se passando por uma mulher e atraindo a vÃtima até as proximidades do local do cativeiro."
O delegado explica que, desde o inÃcio deste ano, praticamente dobrou o fluxo de casos com esse perfil que são investigados pela 3ª delegacia da divisão antissequestro. "Em média, a gente está atendendo de dois a três casos por dia", afirma. Em geral, os sequestros duram cerca de 24 horas, mas o delegado já investigou casos que duraram até três dias.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo