O Wikileaks ganhou uma batalha judicial contra as megacorporações Visa e Mastercard. O site de vazamento de arquivos confidenciais alegou que uma parceira islandesa das companhias de crédito bancário havia desrespeitado um acordo ao bloquear suas doações. O fato aconteceu durante a crise internacional ocasionada pela divulgação de mais de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos pelo site, no final de 2010. Na época, o Bank of America e o PayPal também cortaram suas ligações com o Wikileaks por pressão do governo dos Estados Unidos.
Uma corte da capital Reykjavik decidiu que a empresa Valitor agiu erradamente ao bloquear o dinheiro do Wikileaks e impedir novas doações. A justiça decidiu que o bloqueio deve ser cancelado em até 14 dias, ou a Valitor será obrigada a pagar uma multa de US$ 6 mil por dia.
A porta-voz Kristinn Hrafnsoon disse à Associated Press que esse é um "pequeno mais muito importante passo na briga contra esses bancos superpoderosos". Ela afirmou que ações semelhantes estão em curso na Bélgica e na Dinamarca.
O bloqueio financeiro contra o Wikileaks começou quando o site liberou uma quantidade massiva de documentos que foram vazados pelo soldado Bradley Manning, que servia no Afeganistão. Manning está preso na prisão da Baía de Guantanamo, em Cuba, desde então.
"Essa é uma vitória significativa contra o plano de Washington de silenciar o Wikileaks", afirmou Julian Assange, fundador do Wikileaks, em um comunicado à imprensa.
Fonte: Olhar Digital