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Liberdade - Notícias
17/03/2011 14h44

Carnaval 2011 Folia e tradição marcam a folia em Liberdade

Carnaval 2011: Folia e tradição marcam a folia em Liberdade

Confira as fotos do carnaval em Liberdade 2011 (parte 1):
http://www.correiodopapagaio.com.br/noticias/0/1183/Carnaval_2011Album_de_Liberdade_-_Parte_1


Parte 2

http://www.correiodopapagaio.com.br/noticias/50/1184/Carnaval_2011:_Album_de_Liberdade_-_Parte_2


Nascida de uma missão jesuíta no século XVIII, Liberdade é uma das poucas cidades da região que ainda conserva uma tradição viva na promoção dos festejos carnavalescos, com a realização de bailes de salão, concursos de fantasias e, claro, os irreverentes blocos de rua. A preservação dessas tradições é imprescindível não apenas como opção diferenciada de entretenimento – mas, principalmente, como parte da identidade cultural do município.


As festividades tiveram início na sexta-feira (4), com o I Baile do Hawai, realizado no salão da Seltur. Promovido pelo grupo da melhor idade Liberta Idade, em parceria com o Cras (Centro de Referência de Assistência Social), a iniciativa alcançou sucesso absoluto no melhor estilo, com um típico buffet de frutas de época, e muita animação com a banda Broto da Terra, de Cruzília, interpretando as consagradas marchinhas dos grandes carnavais de salão.


No dia 5, a abertura oficial aconteceu com a presença do rei Momo e o desfile do Bloco de Pijamas – uma iniciativa irreverente e descontraída, que a cada ano vem crescendo e ganhando mais foliões.


No domingo (6), a animação começou com a matinê que animou baixinhos e adultos durante toda a tarde. À noite aconteceu o desfile dos blocos. Considerado o futuro do carnaval libertense, o bloco Chamân este ano reuniu mais de 50 crianças entre 01 e 10 anos, que desfilaram esbanjando muita animação e homenageando os super-heróis Superman e Mulher Maravilha: personagens que marcaram a infância de milhões de pessoas em todo o mundo.


O bloco Campanha pela Vida, que também desfilou no domingo, é uma iniciativa que nasceu com a proposta de despertar nos jovens o respeito à vida e aos direitos de cada ser humano.


No dia 7, segunda-feira, o destaque da noite ficou por conta do bloco Carnabeleza. Considerado um dos melhores grupos de foliões uniformizados da região, o bloco reuniu mais de 600 pessoas da cidade e turistas.


Durante os dias de folia, desfilaram também: o bloco Carnabeleza – que este ano contou com mais de 600 componentes e contagiou a todos com músicas de Raul Seixas. Destaque também para o Pinga Pura, que este ano comemorou dez anos e realizou um desfile que homenageou a história da cachaça, o circo, a Cia. de Níquel do Brasil, Ayrton Senna, Santos Dumont, dentre outros. Por fim, as Piranhas – o bloco mais antigo e tradicional do Carnaval de Liberdade, que a cada ano reúne mais foliões.


Na terça-feira (8), o ponto central da festa foi a matinê com o tradicional concurso de fantasias.


Na categoria Originalidade Masculina, o 1º lugar ficou com Lucas e Vinícius, que apresentaram as fantasias Baby Banz. O 2º lugar foi para João Marcos, com a fantasia Visconde de Sabugosa: uma homenagem a um dos mais ilustres personagens criados por Monteiro Lobado, que compõem a turma do Sítio do Picapau Amarelo, obra consagrada da literatura brasileira. E o 3º lugar ficou com Ronie, que desfilou a fantasia em homenagem a Zorro: personagem criado em 1919 pelo escritor norte-americano Johnston McCulley. Na história, Zorro é Don Diego De La Vega, um jovem membro da aristocracia californiana do século XIX, período em que a região era colônia da Espanha. Em defesa dos fracos e oprimidos, Don Diego assume uma nova identidade: um cavaleiro negro mascarado, de capa e chapéu também negros, que cavalga em Tornado, seu fiel cavalo negro, e empunha uma espada – com a qual luta contra os opressores do povo e deixa sua marca registrada: três linhas cruzadas que formam a letra “Z”. Por causa de seus movimentos rápidos e sua sagacidade, o herói mascarado logo seria batizado pela população com o nome de “Zorro” – palavra espanhola que significa “raposa”.


Na categoria Originalidade Feminina, o 1º lugar ficou com Gabriele e Helen, que apresentaram a fantasia Nêga Maluca – a famosa personagem namoradeira do folclore brasileiro que inspirou várias composições. A 2ª colocação ficou com Maria Vitória, com a fantasia Fadinha Mágica: homenagem às personagens que encantam milhões de crianças e adultos nas histórias infantis. Em 3º lugar ficou Lara Alves Giffoni, com a fantasia que homenageou Branca de Neve: personagem de um conto de fadas originário da tradição oral alemã, que foi compilado pelos irmãos Grimm e publicado entre os anos de 1812 e 1822, num livro com vários outros contos, intitulado “Kinder-und Hausmaërchen” (Contos de Fada para Crianças e Adultos). A história ganhou repercussão mundial com a adaptação para o cinema dos estúdios Disney, em 1937. Na versão de Walt Disney, Branca de Neve é despertada de seu sono pelo beijo do príncipe encantado, a exemplo do que acontece no conto A Bela Adormecida. Nesta adaptação, o príncipe chegou a conhecê-la enquanto estava acordada. A animação foi premiada com um Oscar especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Na animação, Branca de Neve foi desenhada com as feições inspiradas em Hedy Lamarr, considerada então “a mulher mais bela do mundo”.


Na categoria Luxo Masculino, o grande vencedor foi João Pedro, com a fantasia Chapeleiro Maluco (ou Mad Hatter): nome do personagem criado pelo escritor Lewis Carrol para o livro Alice no País das Maravilhas. Ele é sempre retratado como um homem baixo, com uma cartola grande e uma carta na faixa que o envolve, sempre acompanhado da Lebre Maluca – um coelho falante. O Chapeleiro surge numa parte em que ele e a Lebre convidam Alice para beber chá. O nome foi inspirado na frase “Maluco por ser um chapeleiro”. Antigamente, usava-se mercúrio no processo de confecção de alguns chapéus. A inalação involuntária dos vapores do produto causava intoxicações e problemas neurológicos graves, como desordens na fala e na visão. Era comum na época muitos desses profissionais apresentarem problemas mentais e morrerem cedo.


Finalmente, na categoria Luxo Feminino, a grande campeã foi Mariana, com a fantasia Mosqueteira: homenagem à D&# 039;Artagnan e os inseparáveis Athos, Porthos e Aramis – personagens de Os Três Mosqueteiros, consagrado romance de Alexandre Dumas, publicado em 1844. A obra é o volume inicial de uma trilogia romanceando fatos importantes dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou na França entre os dois governos.

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