Uma tradição de várias gerações. Nasceu, aproximadamente, há 34 anos, por volta de 1979. Um grupo de garotos da cidade, entre eles os melhores daquela geração, não tendo um técnico para treiná-los, convidaram o senhor Otacílio Romano Giffoni, nobre habitante libertense, de uma tradicional família de músicos, carnavalescos e descendentes de italianos, que convidou seu irmão Geraldo Romano Giffoni, Balconista de farmácia e trabalhava no posto de saúde de Liberdade.
O senhor Otacílio, funcionário Público e regente da Banda de Música de Liberdade, aceitou o desafio e se dedicou ao time que mais tarde, veio a se chamar LEC- Livramento Esporte clube, que leva o antigo nome da cidade de Liberdade e também em homenagem ao santo padroeiro da cidade, Senhor Bom Jesus do Livramento.
Dentro de um sentimento que foi crescendo e se multiplicando ao passar do tempo, o LEC foi se tornando muito mais que um time, mais que uma paixão, mas uma escola de disciplina quase militar. Digo isso porque também passei por essa escola, que é esse time, que tinha e ainda o tem no seu mentor Otacílio, um líder nato, um General dos bons costumes, boas condutas, boas maneiras e responsabilidade.
Otacílo ensinou e ensina muito mais que futebol e música, ele faz a junção de professor, amigo, mestre e pai... Não se podia e ainda não se pode, ficar na rua até tarde, nem beber, nem fumar em véspera de jogo...Se não for assíduo na escola. Também não joga... E isso, não como hoje, que é norma em ONGs e escolas, isso ele já fazia com a garotada do LEC há 34 anos atrás. Pacheco... Assim o chamam os mais íntimos. Quanto se deve a ele...Quanto nossa terra deve ao LEC, que não deixou nossos jovens se perderem, em épocas perigosas, devido à idade, ao que vivíamos na época. Muitos jovens eram aconcelhados, orientados dentro da casa da saudosa dona Miguitinha...Que saudades...Adelaide... já falecidas...Mãe e irmã de Otacílio, sem falar do professor Ítalo, Tetê, Maria seus irmãos, que muitas vezes cuidavam de nós, nos orientando no que era certo e errado! Como diz um amigo irmão, José Ronaldo, também ex-jogador do LEC, hoje Oficial de Justiça, em Varginha: “Quantos pais de família, profissionais bem sucedidos, tiveram no LEC e na casa da dona Miguitinha uma base, uma escola para se afastar das coisas que não prestavam e sermos jovens com futuro. Devemos isso àquele tempo no LEC e na sede da Fanfarra e casa deles”. Palavras de um daqueles jovens, hoje muito bem sucedido, como a grande maioria dos que por ali passaram.
No ano de 2010, os jovens libertenses e funcionários da Copasa em Varginha, Emanoel Alves (hoje advogado, com empresa própria) e Wendel Giffoni (sobrinho de Otacílio), tiveram a ideia de fazer um jogo festivo para celebrar os aniversários do LEC todo ano, ao menos uma vez. Com apoio de poucas pessoas na época, iniciaram e começaram o evento, que já virou uma tradição na cidade.
O time atual do LEC (molecada) contra os que já passaram pelo Lec (alguns veteranos, mas outros jovens ainda, porém, não residem mais em Liberdade por motivos de trabalho)
A ideia deu certo... E, é um sucesso nos dias de hoje, a cada ano o evento fica melhor, e este ano não foi diferente, com a liderança de Emanoel e Wendel, apoio dos funcionários da SELTUR Edson(neguinho) e Cláudio (Claudão), que muito se empenharam em marcar o campo, limpeza geral e apoio no momento do jogo; ao Prefeito Municipal Massilon Maciel, por ter dado total apoio ao evento e demonstrado simpatia pela ideia .
Os organizadores muito agradecem aos que, de uma forma ou de outra, ajudaram na realização do evento esse ano, que foi muito boa!
Organizadores: Emanoel Alves e Wendel Giffoni.
Agradecimentos ao jornal Correio do Papagaio pela cobertura, na pessoa de Marcio e Cristiane.
Redação e fotos: Elias Gutemberg de Novais