O associativismo surgiu já nos primórdios da humanidade, quando o homem percebeu a necessidade de viver em grupos para caçar, se defender e cultivar.
Na era industrial foi obrigado a se organizar mais para enfrentar as condições precárias de trabalho, e na era atual, a do conhecimento, é necessário buscar o desenvolvimento econômico e social através de grupos estruturados e preparados.
O associativismo é caracterizado pela prática social da criação e gestão de associações, que são organizações providas de autonomia e de órgãos de gestão democrática, onde a prática de assembléias gerais, a manutenção de um corpo diretor e um conselho fiscal garantem a instituição do conceito de administração em favor de interesses coletivos; uma prática de associação de livre organização de pessoas - os sócios - na busca de finalidades comuns.
O associativismo, portanto, é identificado pelo seu caráter de voluntariado, por reunião de dois ou mais indivíduos e é usado como instrumento para a satisfação das necessidades humanas nas suas mais diversas manifestações.
Os produtores, em especial na agricultura, cada vez mais entendem as vantagens do trabalho cooperativo. Na cidade de Liberdade, a feira orgânica, instituída há pouco mais de três meses por produtores locais, vem trazendo resultados animadores tanto para os associados quanto para a população, que pode adquirir frutas, legumes e verduras de cultivo orgânico, de alta qualidade, a preços extremamente convidativos e sem quaisquer restrições para consumo.
Para isso foi criada a APAL - Associação de Plantadores Agro-ecológicos de Liberdade -, que leva para a Praça Maria de Paiva Carvalho, através de seus 12 associados, todos os sábados, das 6 da manhã até às 2 da tarde, uma grande variedade de hortaliças, mel, pimenta, ovos e frango caipira; queijo, fubá, bolos, pães e tortas; a irresistível lasanha de berinjela e também mudas muito saudáveis de legumes, frutas e verduras.
“Participar desta associação está sendo uma terapia. Serve para muita coisa; trabalhar e ter contato com pessoas muito boas”, diz Maria Lúcia. Para ‘Tonha’, “passar a semana na roça e vir pra praça no sábado, conhecer pessoas e falar muita ‘abobrinha’ é uma coisa muito boa, que desestressa”.
Vitor, presidente da APAL, lembra a comunidade que as reuniões acontecem todas as terças, a partir das 5 da tarde, na Câmara Municipal. Para que o pequeno produtor se associe basta comparecer às reuniões e pagar uma mensalidade de R$ 10,00.
A feira recebe o apoio da Prefeitura de Liberdade, Câmara Municipal e da UBL.