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Nascido em Liberdade, em 20 de outubro de 1928, próximo à Vargem da Imagem, Zé Andrade, como era conhecido, foi filho único de Joaquim Veríssimo de Andrade e Stellina Pimentel de Andrade.
Aos 8 anos deixou a zona rural para estudar com o saudoso professor Anésio Carvalho, concluindo apenas o antigo primário. Aos 18 anos Zé começou a trabalhar como vendedor ambulante, profissão outrora denominada mascate. Mais tarde, adquiriu o bar Azul, onde montou a primeira sorveteria da cidade.
Casou-se com a sra. Porfíria Sacramento Pimentel, com quem teve 8 filhos e 14 netos.
Desistindo do bar, fundou a casa Pimentel, onde trabalhou aproximadamente por 50 anos, atendendo várias cidades vizinhas. Teve filial em Bocaina de Minas e, por conseguinte, fez grandes amizades.
Zé Andrade era amável com a família e solidário com os amigos. No contato com a capital paulista, onde fazia compras para a loja, conviveu com pessoas que o influenciaram a estudar os filhos, ideia que ele abraçou com missão.
Autodidata, visionário e sonhador com o progresso regional, levou para Liberdade e região, no inicio da década de 60, os primeiros aparelhos de TV.
Em 1962, juntamente com amigos Dr Eduardo, Odilon Carvalho Neves, Joaquim Moreira Barbosa (sr. Zozote, então prefeito municipal), iniciou o processo de criação do antigo Ginásio, hoje Escola Estadual “Frei José Wulff” e teve a grata satisfação de ver por lá passarem seus 8 filhos.
Solidário ao sofrimento alheio, gratuitamente transportava em seu veículo, pessoas doentes para outras cidades de mais recursos. Daí idealizou e construiu com ajuda de amigos e políticos o hospital Regional de Liberdade, para o qual foram necessárias inúmeras viagens pelas precárias estradas que o levaram a Belo Horizonte.
Em 1972, Zé Andrade foi nomeado pelo governo Federal, primeiro representante do FUNRURAL na região, oportunidade essa que teve de conviver ainda mais com as dificuldades das pessoas.
Homem religioso, devoto do Senhor Bom Jesus do Livramento, com toda simplicidade que lhe era peculiar, mostrou aos filhos a importância da fé, da honestidade, do trabalho e do respeito ao próximo.
Já doente e sem energia para o trabalho, distraia-se com a leitura que ia dos jornais às enciclopédias, e na sua cadeirinha à porta da loja ou varanda de sua casa, conversava com os transeuntes, divertia-se com os “causos” e brincava com as crianças.
Sair de Liberdade? Só por motivo de trabalho ou doença. “Liberdade é o melhor lugar do mundo. Sou feliz aqui”!....
Então faleceu em Juiz de Fora, em 09 de dezembro de 2011, aos 83 anos, e está sepultado na sua querida cidade natal.
