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Liberdade - Notícias
13/01/2013 07h09

Zé Quirino - Personagens que fazem parte da Nossa História

Personalidade

 

 

 José Quirino da Cunha, ou Zé Quirino, foi uma das personalidades mais inteligentes e interessantes da história de Liberdade. Filho de Alonso Alves da Cunha e Adelina Nogueira, nasceu na Fazenda do Barulho, hoje município de Liberdade, a 16 de Maio de 1909.

Foi aluno do professor José Estevão, em Livramento, até os dezesseis anos, quando se mudou para Itanhandu, onde começou os estudos no antigo ginasial, mas teve de voltar para casa antes que pudesse completá-los. Mesmo assim foi um jovem ativo, que lia e escrevia muito. Quando a revolução de 1930 estourou e as tropas paulistas e mineiras se enfrentaram em Passa Quatro, se alistou prontamente e, apesar de não ter chegado a combater efetivamente,  já demonstrava nessa atitude o patriotismo que marcou sua pessoa por toda a vida.

Casou-se em 1934 com Anna Fernandes Barbosa, a Dona Anita, com quem teve seis filhos: Guido, José Alonso, Renato, Maria Aparecida, Juarez e Dirceu. A família residia na Fazenda da Ponte Alta, onde o Sr. José Quirino recebia inúmeras visitas todos os dias. Entre suas características estava a de guardar inúmeros objetos que lhe atraíam a atenção, além de revistas, jornais e cartas, no porão da casa, onde acabou por deixar um verdadeiro museu.

 Foi um homem que gostava de viajar e conhecer lugares e pessoas diferentes. Na ocasião da construção de Brasília, saiu de Liberdade com seu cunhado "Zozote" e o sobrinho José Carlos em direção ao cerrado brasileiro para ver de perto as obras da nossa capital.

José Quirino era uma pessoa dotada de uma memória fenomenal, contava fatos ocorridos há mais de sessenta anos com uma riqueza de detalhes que pareciam ter ocorrido no dia anterior.

Nos últimos anos de vida, passava os dias lendo seu jornal no banco do "casarão", sua residência na cidade. Não faltavam companheiros para o café da tarde, que ao mesmo tempo em que se deleitavam com as quitandas de Dona Anita, mergulhavam no mundo fascinante de histórias que nos faziam viajar entre o passado e o presente num passe de mágica.

Negro, branco, rico ou pobre, conterrâneo ou forasteiro, não fazia distinção, bastava ter uma "boa prosa" e já estava sendo convidado para o almoço ou café. Sempre que chegava alguém diferente na cidade (padres, funcionários do banco, CEMIG, EMATER, etc.), logo fazia amizade.

Sempre foi um cidadão exemplar, que não media esforços para contribuir com o progresso de seu município. Estava constantemente engajado em projetos de melhorias como construção de praças, igrejas e estradas, além de ter sido extremamente politizado.

José Quirino da Cunha faleceu em 1996, aos 87 anos de idade, mas permanece vivo na memória de seus familiares, amigos e de toda a sociedade libertense pelos bons exemplos e o grande homem que foi.

 

 Fonte Edição 762

 

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