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Opinião
02/02/2017 95h02

A síndrome da grife do diploma universitário no mercado de trabalho. O que está mudando?

Por Marcelo Arteiro

A inserção e a manutenção no mercado de trabalho continuam sendo uma das grandes preocupações de jovens e adultos neste século 21.
Recentemente, a OIT, Organização Internacional do Trabalho, com sede em Genebra, na Suíça, divulgou dados de uma pesquisa global sobre as perspectivas e cenários de empregos no planeta. Esta pesquisa aponta que no Brasil, até final de 2017 haverá um contingente de aproximadamente, 13,6 milhões de desempregados e no mundo este total deve superar a cifra de 200 milhões. O que originou esta triste e preocupante estatística? Diversos especialistas relatam que este fenômeno se deve ao desaquecimento da economia global, ao capital especulativo volátil que circula ao redor do mundo em busca de elevadas remunerações, às diversas reconfigurações de se pensar, trabalhar e produzir em cenários econômicos hipercompetitivos e excludentes, além de motivos diversos ligados a complexa estrutura econômica mundial globalizada. No Brasil, em particular, segundo estes especialistas, isto ocorre pela queda acentuada do PIB, à elevação das taxas de juros, que desestimula o investimento em atividades economicamente produtivas e também a falta de adequada qualificação da mão de obra que ingressa no mercado de trabalho além da desatualização de muitos profissionais que já estão inseridos no mercado de trabalho, mas deixam de se aprimorar, não se atualizam constantemente face às necessidades das inovações tecnológicas e as crescentes transformações ocorridas no próprio mercado de trabalho nacional com as novas tecnologias da informação e comunicação (TCIs).

Há alguns anos, entrar para uma universidade pública ou particular renomada era a certeza de se conseguir um bom e estável emprego para a vida toda. Hoje a realidade mudou. Muitas universidades públicas que possuem um corpo docente de extrema qualificação acadêmica (Doutores, PhDs e Pós-Doctors) e centros de pesquisa na fronteira do conhecimento científico e tecnológico amargam com greves, atrasos de salários além de restrições orçamentárias para investimento em pesquisas. Muitas universidades particulares de ponta, por sua vez, sofrem com a dificuldade de equalizar a excelência acadêmica da instituição com mensalidades escolares compatíveis a situação econômica nacional.
Qual seria a saída para este impasse? É possível sobressair-se no mercado de trabalho sem possuir um diploma universitário carregado de tanta grife?

Recentemente, estudando sobre o tema com gestores de Rh chegamos a algumas conclusões interessantes, como: o que mais impacta a permanência de um indivíduo dentro de uma organização corporativa são as competências comportamentais, e não somente as competências técnicas! Isto é, competências que têm a ver com o indivíduo em si, independentemente, na maioria das vezes, da sua formação técnica educacional tradicional. Dentre estas competências comportamentais as que mais se destacam são: autoconhecimento, automotivação, autodirecionamento, habilidade de relacionamento global, capacidade de negociação, espírito de liderança multidirecional, ética, pró-atividade, senso de responsabilidade social, visão sistêmica e empreendedora de negócios, empatia, ownership (atitude de dono diante de um desafio ou problema no ambiente empresarial), entre outras habilidades sociais.

O quê está mudando no ambiente educacional?

Estas instituições de ensino inovadoras, de vanguarda na formação não só de profissionais, mas, sobretudo, de indivíduos socialmente responsáveis, preparados para os desafios deste século 21 em diversos setores da vida contemporânea, apostam principalmente no protagonismo do aluno na condução do seu processo de ensino-aprendizagem, ou seja, oferecem uma educação extremamente empreendedora aos seus alunos. Os docentes destas instituições são verdadeiros coaches não só da carreira dos alunos, mas de suas próprias vidas como um todo.  Estas instituições educacionais oferecem bem mais do que a infraestrutura operacional e educacional, elas criam um clima de aprendizado estimulante e desafiador, favorável para que estes potenciais talentos estudantis, tornem-se efetivamente cidadãos, na acepção maior da palavra, indivíduos que saibam agregar valor em todos os campos da sociedade, e não somente no âmbito profissional.

Assim sendo, na hora de escolher uma instituição educacional para iniciar a sua graduação ou mesmo fazer uma pós, não se deixe levar somente pela grife do diploma desta instituição. Converse com alunos egressos destas instituições e de outras ainda não tão renomadas assim, mas com propostas inovadoras, diante deste cenário extremamente mutante do mercado de trabalho. Ouça com atenção as percepções, anseios e principalmente, a experiência vivida por eles dentro e fora da vida acadêmica, de como estas instituições os prepararam ou não, para os desafios de viver nas incertezas deste século 21. Talvez, você possa se surpreender com o que irá ouvir e até mesmo reavaliar a sua opção por uma determinada instituição educacional.

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