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Opinião
22/12/2016 12h20

“A simplicidade é o último grau da sofisticação”

Sergio Ribinik*

Esta famosa afirmação de um dos maiores gênios da humanidade que foi Leonardo Da Vinci nascido em Florença em 1452, autor dentre outras obras de arte, da Mona Lisa, hoje exposta no Museu do Louvre em Paris, e de diversas invenções de engenharia, não poderia ser mais verdadeira quando aplicada a uma estrutura organizacional.

O caminho de se conseguir colaboradores realizadores, criativos e participativos depende muito da possibilidade deles se movimentarem na organização, com desenvoltura, de forma ágil, com possibilidade de estarem sempre em processo de contribuição e constatando o fruto direto e imediato de seus trabalhos.

Desenvolver uma organização “leve”, simples, ágil e competente é a grande fórmula mágica de simplificar e sofisticar.
Para que isso se implante em uma organização a alta Administração deve confiar na capacidade das pessoas de se autocontrolarem, com pouca burocracia, pouca hierarquia, pouca supervisão e controle, simplificando os processos operacionais e estimulando uma sadia relação pessoal entre pares e em todos os níveis.

Estruturas organizacionais com hierarquias grandes, chefes, subchefes, supervisores, gerentes, pouco ou nada contribuem para a velocidade da organização e para a motivação das pessoas, sem se falar nos custos muitas vezes, totalmente desnecessários.
Muitos níveis hierárquicos causam lentidão nas decisões após um caminho longo de muitas aprovações dispensáveis. Mais ainda: menos níveis de hierarquia proporcionam melhores salários aos colaboradores.

Além do mais, os clientes não estão interessados em quantos gerentes a organização tem: o que desejam é receber produtos ou serviços de alta qualidade e no tempo certo.

O verdadeiro crescimento profissional é inerente ao crescimento da organização e de seus resultados operacionais. Estes não são consequência da hierarquia e sim de colaboradores competentes, aderidos e motivados. Pelo contrário, a experiência demonstra que os mais lerdos, incompetentes e desmotivados, adoram se “esconder” atrás de títulos e de muita burocracia. A simplicidade e as mudanças organizacionais causam temor aos incompetentes.

Uma organização “leve” com poucos níveis hierárquicos é mais ágil e motiva mais as pessoas, pois é criado um ambiente de realização mais evidente.

Deixa transparecer melhor as questões fundamentais da organização, pois estas não são “filtradas” em cada nível. A Comunicação torna-se eficaz, mais confiável e o nível de ruídos diminui, assim como o “disse-me-disse”.

Uma forma eficaz de iniciar-se uma redução de níveis é a de deslocar dois ou três níveis abaixo para reportarem diretamente ao Executivo principal. Isto causa um acúmulo temporário de carga de trabalho, mas com o tempo passa a indicar quais as funções prioritárias, quais os verdadeiros talentos que podem ser mantidos e estimulados e quais os que podem ser dispensados.

Existe uma máxima no mundo empresarial, qual seja: “o melhor prêmio a um profissional de sucesso é o direito de continuar a sê-lo”, e o que significa isso? Significa dizer que o desempenho excelente em um período, não garante o mesmo nível de desempenho em outros períodos, pois o ciclo operacional se repete e o processo de melhoria das equipes deve ser contínuo. Cada qual é responsável pelo seu próprio desenvolvimento, a empresa deve sim estimular e manter as condições para que os colaboradores se aprimorem ano a ano.

Existem fatores que contribuem de forma complementar para se ter equipes excelentes: o ambiente saudável de trabalho, salários e benefícios, etc., porém, não há nada mais eficaz por parte da alta administração do que respeitar a todos igualmente, permitir que se manifestem livremente, com independência, reconhecendo as suas diferenças, de forma a que se completem em suas funções e agir sempre com lealdade, sendo exigente e dando oportunidades a todos, reconhecendo e recompensando adequadamente os vitoriosos.

*Sergio Ribinik é Engenheiro e Consultor de Empresas (ceo.sergioribinik@gmail.com)

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