Por Gislene Vilela
Na atualidade há uma intensificação em se alcançar “o corpo perfeito”, “o padrão imposto pela mídia” atravessando todas as faixas etárias e classes sociais. A busca do corpo ideal, muitas vezes exacerbada, se faz costumeiramente por influências externas.
Dietas milagrosas e da moda viralizam nas redes sociais. Existem também as crenças populares para manter a boa forma. Informações duvidosas e contraditórias tem comprovadamente apresentado efeitos danosos a uma vida saudável.
Nutricionistas alertam sobre os riscos de receitas e fórmulas mágicas que prometem rápida perda de peso, dietas restritivas, privação de determinados tipos de alimentos e exercícios pesados. Especialistas dizem que respeitar o corpo e ter paciência são dicas primordiais no processo de emagrecimento e redução de taxas.
Costumo compartilhar assuntos importantes e que, de alguma forma, me trazem aprendizado. Recentemente, em São Lourenço, conversando com a nutricionista clinica e comportamental Kátia Azevedo, ex - docente da Universidade Federal de Ouro Preto, ela apresentou-me uma abordagem cientifica e inovadora da nutrição, da qual considera os hábitos alimentares da pessoa junto com seu contexto emocional, social, cultural e psicológico. Indaguei - lhe mais sobre o assunto e também pesquisei no que consiste essa abordagem.
Esse tipo de tratamento vai além de prescrições das dietas e até da reeducação alimentar. Conduz o paciente a entender melhor os seus comportamentos alimentares, a ter mais clareza na relevância das refeições em toda sua trajetória de vida. Diferentemente das dietas milagrosas e céleres, a abordagem orienta a se desconectar de tudo ao redor, de todo tipo de estimulo externo e define que o ato de comer deve ser realizado com tranquilidade. Atenção no momento presente, percebendo o sabor, a textura e as sensações despertadas por cada alimento. Estimula o prazer de comer sem culpa e medo. A entender a real função do alimento no organismo. Promove uma visão mais ampla do hábito de comer, melhorando a relação com a comida, fazendo as pazes com os alimentos e seu corpo. Busca identificar quais são os gatilhos de saber diferenciar fome física de emocional.
Membros de minha família e amigos que estão fazendo esse tipo de tratamento relatam que é uma experiência diferente. O conceito de saudável, de alimentação consciente vai entrando aos poucos tornando todo o processo mais leve. Declaram que é uma abordagem mais humanizada – quase um terapeuta nutricional. Enfatizam que foi aberto um leque de possibilidades, com autonomia, que eles nem sabiam que existia.
É clichê escrever que a saúde é o bem mais precioso do Homem. Portanto, cabe a cada um de nós preservá-la com consciência e responsabilidade, ressignificando-a através de atitudes e comportamentos proativos relacionados ao nosso corpo que é um dom sagrado de Deus.
Cuidemos e vivamos bem.