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Opinião
01/08/2013 11h18

A implacável caçada ao ex-presidente Lula

Odilon de Mattos fala sobre nosso ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

por Odilon de Mattos Filho, de Andrelândia/MG

odilondemattos@ig.com.br

amidiaeapolitica.blogspot.com

 

Por inúmeras vezes denunciamos nesse espaço a postura partidarizada e o comportamento preconceituoso da grande mídia brasileira.          Esse desprezível comportamento, “coincidentemente”, teve inicio com a posse do Estadista, Luis Inácio Lula da Silva e o início dos governos trabalhistas pós Era Vargas.

A revista “Veja”, por exemplo, que outrora se caracterizava como um semanário de vanguarda, independente e investigativo, transformou-se em um “detrito de maré baixa”, tendo o niilismo, o ódio, o preconceito e o conservadorismo a base de sua linha editorial. Talvez um dos motivos dessa mudança “comportamental” seja a sociedade firmada com o grupo Sul Africano, “Naspers”. Essa confraria, como se sabe, foi um dos pilares de sustentação do regime “Apartheid” na África do Sul, inclusive, tendo três de seus Diretores ocupado o cargo de Primeiro-Ministro daquele abjeto regime que incentivou e manteve a segregação racial naquele País por longos anos.

Os exemplos dessa postura preconceituosa e elitista da “Veja” estão claros em suas matérias e artigos, especialmente, contra o ex-presidente Lula, que se tornou a caça predileta dos barões da mídia, tanto, que não foi poupado nem mesmo na fase mais crítica de sua vida, quando foi descoberto o câncer em sua laringe. 

Aliás, a caçada ao o ex-presidente Lula continua. No dia 01/07/2013, e dando prosseguimento ao seu instinto preconceituoso, a revista “Veja”, encarregou o “jornalista” Augusto Nunes para desferir mais um ataque. Dessa feita o meio utilizado foi o deboche. O “jornalista” realizou um “concurso” junto aos internautas, ou melhor, aos “coxinhas” de plantão, para saber “qual é o título do livro que Lula vai escrever para entrar na Academia Brasileira de Letras?”

Evidente que os participantes, que, diga-se de passagem, são da mesma laia do “jornalista” deitaram e rolaram em suas sugestões que foram desde “Beber, falar e tapear”, até a vencedora do “concurso”: “Rose e Eu: Casais inteligentes enriquecem juntos”.

Esse “concurso” mostra de maneira cabal a que ponto de decadência e de falta de ética que o jornalismo brasileiro chegou. Por outro lado, esse fato fortalece a necessidade de uma lei de imprensa para coibir esses abusos e garantir o direito de reposta. E não me venha dizer em liberdade de expressão ou de imprensa! Em qualquer país civilizado do mundo isso não ocorreria, não pelo fato de ser o cidadão Lula, mas porque se trata de um desmedido deboche à um ex-presidente da República reconhecido, mundialmente, como uma das maiores lideranças populares da América Latina.

A propósito, nesse sentido o jornalista Paulo Nogueira escreveu: “O texto de Augusto Nunes na Veja ilustra a necessidade torrencial de discutir os limites da mídia no Brasil. Todo país socialmente avançado tem regras e limites em nome do interesse público...O bom jornalista Flávio Gomes, no Twitter, afirmou que Lula deveria processar Nunes. Isso se ele pudesse processar nos Estados Unidos, e não no Brasil. Aqui seria simplesmente inútil: o processo seria usado freneticamente como prova de intolerância de Lula à “imprensa livre...E se alguém enveredar pela vida pessoal de Augusto Nunes? Tudo bem? Não, não está tudo bem. A beleza de limites para abusos da mídia é proteger Augusto Nunes de jornalistas como Augusto Nunes”.

Frente a essa barbárie midiática fica registrado nosso protesto contra o jornalista da “Veja”. Por outro lado, clamamos à Presidenta Dilma que encaminhe para o Câmara dos Deputados a “Lei de Médios” preparada pelo brilhante jornalista e ex-ministro Franklin Martins. Somente uma lei dessa natureza seria capaz de por um fim ao monopólio da mídia, democratizá-la e ao mesmo tempo, protegeria a sociedade contra esses abjetos ataques e criaria condições para que o cidadão tenha um rápido e pronto direito de resposta contra as caluniosas agressões da mídia.

Por fim desafiamos o “ilustre” Augusto Nunes para que prepare um novo “concurso” com o seguinte tema: 1- O que você doaria para salvar a dívida de R$ 615 milhões (sem atualização) que a Globo tem com os cofres públicos, fruto de sonegação e lavagem de dinheiro em paraísos fiscais?

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