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Opinião
25/07/2013 16h42

A Jornada Mundial da Juventude

José Francisco Mattos fala da Jornada Mundial da Juventude que aconteceu no Rio de Janeiro

por José Francisco Mattos e Silva

 

Vamos ao Rio. Vamos à Jornada Mundial da Juventude. Estamos vivendo a Jornada, estamos na cidade do Rio em família. O Mundo cabe no coração do Brasil.

Mochila nas costas, jovens peregrinos com bandeiras nas mãos. Na alma um sentimento de pertença, no coração um vazio a ser preenchido; no espírito uma esperança: a esperança que precisamos materializar o sentimento de que somos a mudança que o mundo precisa e que só será possível com o encontro amistoso do velho com o novo: sabedoria com vontade de mudar...

A 28º Jornada Mundial da Juventude, que acontece neste ano de 2013, na cidade do Rio, no nosso Brasil, é a Jornada Mundial da Esperança. Esperança nos novos homens e mulheres, jovens de todas as idades, que neste histórico julho saúdam o primeiro Papa latino-americano e com ele apregoam que é necessário parar. É tempo de colocar os pingos nos ‘is’. É necessário reformar, purgar. É templo de reflexão, de compreensão e de empreender as forças para a correção fraterna na Igreja pela Igreja, no Mundo pelos homens e em nós pela Natureza. É necessário construir um mundo novo: a Humanidade precisa voltar ao primeiro amor.

O próprio Papa, nestes primeiros meses de seu pontificado, já aponta para esta necessidade, quando expressa em seus gestos, a de retornar ao sentido apostólico primitivo do anúncio do Evangelho deixando de lado as estolas patriarcais e os luxos herdados do Império Romano e que ofuscam a essência dos ensinamentos do Divino Mestre e escondem as omissões e as corrupções daqueles que deveriam ser os primeiros arautos de um Mundo Novo. Somos também muitas vezes iguais ou piores do que os “lobos vestidos de cordeiro”, quando não nos indignamos profeticamente contra os abusos, corrupções, desmandos e ações perversas dos que usurpam do Povo a dignidade de ser Povo.

É tempo de renovação, mas é tempo de resgate. É tempo de Jornada Mundial da Juventude. Precisamos voltar ao primeiro amor...

É tempo de resgatar o futuro, futuro que precisa ser escrito por nós, jovens, crianças, adultos, idosos, religiosos e ateus, católicos e protestantes, cristão, judeus e muçulmanos, a Juventude precisa ser resgatada em sua dignidade, sem a qual o mundo futuro não será digno.

A Jornada é da Juventude Mundial sem nenhum estereótipo religioso, é a reunião de todos  que buscam e praticam o bem ou que tentam, pelo menos, fazer o bem em gestos e ações concretas. É a Jornada das compreensões, do conhecer a si mesmo, dos próprios erros, dos próprios pecados, karmas ou do que é próprio da natureza. É a Jornada do Brasil, nesta terra que mistura o novo e o antigo e que precisa de tantas mudanças de cunho social, político e religioso. É a Jornada da Esperança, no país das Esperanças, onde o mundo se fez um só povo, é a Jornada Mundial do bater e abrir de portas, deixar a luz entrar.

Não vamos pensar na Jornada Mundial da Juventude apenas como um movimento Católico. No idealismo de seu fundador, o saudoso João Paulo II, ela deveria assumir um papel universal que dispense os protocolos e as rixas medievais para dar azo à convergência de propósitos em torno de valores que ultrapassem a tríplice tiara do Bispo de Roma, para fazer com que os líderes mundiais, religiosos e governamentais ouçam o clamor dos jovens para que possam construir o mundo que um dia será dos jovens e será liderado pelos jovens, que deverão, a seu tempo, serem construtores do futuro dos que hoje nascem e já estão sendo pensados no coração do Criador. A Jornada é Mundial da Juventude, é de todos os jovens, indistintamente, é uma Jornada diferente das outras, por ser a consolidação das esperanças e do valor do nome daquele que a conduz. É a Jornada de Francisco, inspirada no pobrezinho de Assis...

A Jornada Mundial da Juventude no Rio tem algo de especial, ela embala a necessidade de se formar uma sociedade diferente onde as inovações tecnológicas, os avanços científicos e sistemas econômicos estejam a serviço da vida e da esperança. Nem ouro, nem prata, apenas o essencial. Aquilo  que não passa.

Ao embarcar no Aeroporto de Roma, o Papa Francisco sinaliza sua preocupação com o futuro, externa o temor de que as próximas gerações não saibam o que é o trabalho em razão do contexto social, econômico e cultural mundial que hodiernamente distorce os valores universais da consciência cósmica que une todos em uma grande teia e que faz suas maiores vítimas os jovens que há muito são marginalizados pela banalização da vida.

Ao desembarcar no Rio, neste quente dia 22 de julho, Francisco traz com seu gesto e suas primeiras falas uma nova perspectiva, seu discurso aponta para o fim do comodismo e das omissões. Vamos juntos, daqui da cidade do Rio de Janeiro, aprender e ensinar com o Papa que não se constrói sem a esperança, adereço que não pode faltar na mochila dos participantes da Jornada Mundial da Juventude. Estamos vivendo um novo tempo, o tempo das esperanças, tempo de alimentar os corações e regar a grande esperança de que a maior energia é a que desprende do coração da Juventude, o futuro...

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