Entre os e-mails recebidos, venho observando, que invariavelmente boa parte, vem solicitando à reprodução de crônicas já publicadas, as quais por vários motivos as pessoas gostariam em lê-las. Claro que tais solicitações em muito me envaidece, afinal as tenho como filhos, obviamente me tocam na sensibilidade e sentimento, o que me traz mais vontade de escrever. Todavia, por razões óbvias não ter o hábito em reproduzi-las a não ser quando eventualmente por descuido na diagramação, possa a ser reeditada, o que raramente ocorre, pois sempre teremos novos episódios tanto Na Fumaça do Trem, como Esses Turistas Pitorescos e o cuidado do tema em si exposto, que não haja similaridade a alguns já cronicados.
Mas devido às solicitações que recebo, resolvi reaver meus conceitos e passei a relacioná-las já algum tempo. Partindo desta premissa, verifico que em 6 e-mails, se destaca a crônica da edição 785, publicada em 11-06-13, sobre o título; Dois morcegos e uma morcegada, que devido ao espaço a mim destinado, seria demasiado tê-la na íntegra. Assim sendo aqui vai.
O fato passou-se num hotel fazenda, em que uma mulher ao sair do seu banho, se viu às voltas com dois morcegos no interior do quarto, onde em voos rasantes sobre sua cabeça, a deixavam apavorada e ter que engatinhar sobre forte pavor a deixar o aposento, depois de verificar que os quirópteros estavam ali pelo aroma exalado das maçãs sobre o frigobar, no corredor de acesso a porta, no que conseguiu. Após apavorante aventura ao sair e bater a porta, em pleno corredor externo, aliviada, observa que se encontrava totalmente nua e tenta retornar ao quarto, mas a porta estava trancada .Pois no afã de sair, deve ter acionado o botão da tranca interna. Tentando se acalmar após não obter êxito em abri-la, vai à procura pelo corredor, de um quarto cuja porta estivesse destrancada. Por sorte o encontrou e se introduziu, após indagar se havia alguém. Como não ouve resposta, seguiu pelo líving e viu sobre a cama uma toalha, a qual se utilizou. Entretanto, escutou um barulho de agua, que ao olhar à direção do banheiro, observa pela fresta da porta, que havia luz. Deixando rápido o local, no que ia pegar a maçaneta da porta, é surpreendida com a entrada de uma mulher, que também se espantando a vê- la naqueles trajes, pergunta o que está fazendo ali. Aparvalhada, antes de responder, foi agredida a tapas e socos e aos berros da mulher que se sentiu ultrajada a chamá-la de piranha, p., vigarista e outros. Nisso um homem nu e todo molhado, se chega tentando apartar o furdunço e entra no sopapo da irada mulher a chamá-lo de traidor, miserável, etc.. Aproveitando-se da situação, deixou a confusão dirigindo-se a portaria a solicitar as chaves reservas. De retorno ao seu quarto, ainda pode escutar o áspero falatório do casal em briga, o que a deixou totalmente triste e arrasada. Mas por outro lado, se penitenciava por não ter sido ouvida a explicar o motivo pelo qual estava no interior daquele quarto. Muito embora admitisse à reação da mulher.
Este fato o qual tomamos conhecimento, nos foi narrado pela pobre mulher pivô da confusão, que por se tornar nossa, pelo convívio no hotel, companheira, nos veio pedir ajuda a interferir junto ao casal sobre a infelicidade ocorrida, a qual atribuída pela ‘‘morcegada” por ela praticada.
Só que não houve tempo para desculpas e acordos, pois o casal na manhã seguinte, bem cedo partiu, deixando o nosso convívio sem que despedisse de ninguém, a não ser nos propiciando um final infeliz, cujo resultado poderá ter, quem sabe , consequências reconciliadoras a trazer de volta a paz em voltar a ser felizes.
Moral da história: O direito de defesa sempre deve ser dado a qualquer um, mesmo que esta defesa possa representar uma farsa . Neste caso específico, lamentamos que o episódio tenha sido causado por dois morcegos e uma autêntica “morcegada”, em que o pavor pelas criaturas vampirescas foi o fator principal...