Sabe aquela sensação de começar e não chegar ao fim? Estamos sempre fazendo planos mentais, destes planos alguns iniciamos com ações concretas, e uma grande parcela de nossos sonhos se perdem no início do caminho. E muito poucos, mas muito poucos levamos adiante e obtemos resultados satisfatórios. São as descontinuidades e a falta de continuidade para as coisas que nos são importantes. Quase sempre existe uma sensação de frustração por nunca realizar aquilo que se busca realizar.
Incrível é que para muitas coisas maléficas temos grande facilidade de seguir o fluxo, somos até disciplinados. Digo dos caminhos equivocados que seguimos que nos trazem dor e confusão para nossas vidas, mas continuamos a fazer. E até parece que não temos controle e eles acontecem e acabamos repetindo contra a nossa vontade. Pois é, é que estamos acostumados, habituados, as vezes são modos de fazer que aprendemos sem perceber com nossos familiares e pessoas que convivemos, e são respostas que damos para a vida para nos defender. Digo que o mal se aprende!
Mas se o mal se aprende e sai do controle e ações equivocadas parecem ser tão comuns, o bem também se aprende, o bem pode ser vivido com autocontrole. O bem precisa ser treinado. Precisa ser exercitado com disciplina diariamente para que se torne também comum aos nossos dias.
Dos planos que fazemos é bem importante pensar de que natureza eles são. As vezes estão camuflados de “bem”, mas são como lobo em pele de cordeiro e nos iludidos. É bom avaliar a fundo nossas intenções. E criar as descontinuidades e as continuidades! Descontinuar caminhos viciados. E criar continuidades para caminhos saudáveis. E para os dois processos é preciso consciência, vontade, intenções corretas, coragem, ações concretas, disciplina, repetição, empenho, persistência.
Fatalmente frustrações vão ocorrer. São partes dos aprendizados! Mas são frustrações vindas das tentativas, do movimento de buscar aprender e melhorar, bem diferentes daquelas frustrações que surgem de nunca tentar e continuar um plano. Contudo, no frigir dos ovos frustrações são frustrações e precisam ser transformadas, pois uma frustração atuante pode ser uma força destruidora como um furacão a frustrar os mais elevados planos.
Eu já vi muito por aí pessoas frustradas que, inconscientemente, como um carro desgovernado saem atropelando a tudo, a todos e em primeiro lugar a si mesmas com emoções tão negativas, gerando ações tão destrutivas, que quase se autodestroem. Muitos de nós em momentos chutamos essa bola fora!
As frustrações precisam de ser cuidadas com carinho, precisam de ser redirecionadas. Nada melhor do que uma raiva que aprendemos a descontinuar de nossos dias e não mais fica à espreita, magoada esperando para mostrar com violência sua dor. Nada melhor do que sentir a liberdade de respirar livre de emoções escravizantes. Não há nada melhor do que a liberdade de poder sorrir com a alma limpa! Não há nada melhor do que se libertar dos ensejos de luping de desejos atemorizantes. Não há nada melhor do que se libertar de ciclos indignos, repetições viciantes. Há algo melhor a ser feito com a nossa disciplina, usá-la como um força para caminhar na direção correta!
Há algo melhor do que passar a vida frustrado e frustrando os outros. O melhor é passar a vida realizado e realizando construções que ajudarão os outros a se reconstituírem no amor. E quando o amor bater à porta, continue... dará bons frutos!
Ana Terra Oliveira é psicóloga, escritora e contadora de histórias.
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