Carolina Souza
“No momento de tua renuncia, estendes a mão sobre o infinito, e tu verás tudo o que via só que melhor, e tudo que era efêmero se desfez, e ficaste só tu que és eterno”. Aprecio Cecília porque ela explicava a vida de forma simples.
Por que temos que nos prender as amarras do tempo?
(Fazendo uma pequena digressão, decidi não escrever sobre política no primeiro dia do ano, porque o véu vermelho ainda me deprime).
Passei a virada do ano dormindo. E daí? Por acaso a noite da virada é mais magnífica que a noite de um solstício? O que ela tem de tão especial?
Um ano nunca acaba. Maior prova disso é a ressaca que a maioria das pessoas têm no primeiro dia do ano. Ressaca conseqüente do ano passado, que não desapareceu em um passe de mágica.
Façamo-nos sem limite de tempos. Somos o hoje e não o amanhã.
Horas, dias, meses, anos e todos os derivados não passam de formas inúteis de algarismar a curta vida que temos.
Busquemos liberdade na liberdade de ser livre.
Jamais ostentemos as correntes que nos prendem aos relógios.
Sejamos livres, mesmo sem saber o exato significado de liberdade.
E os meus desejos para 2011? Que sejamos irmãos.