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Opinião
31/10/2016 16h13

Editorial

Prefeitos eleitos, e agora?

Essa é uma pergunta que deveriam estar fazendo os empresários dos municípios abrangidos por este jornal semanal, vez que, de uma futura administração municipal vão depender os rumos das economias e serviços locais e até mesmo regionais, dadas a interações necessárias entre as pequenas cidades.
O artigo de Vittório Medioli, do jornal O Tempo, intitulado “Deus é imenso”, conta a sua experiência em campanha para prefeito de Betim e sua consequente eleição. O texto, muito bem redigido, faz uma análise do papel dos “omissos”, do momento atual do país e do papel de cada um para mudar/melhorar a situação que vivemos.
O comentário geral dá conta de que todos – administrações públicas, empresas e trabalhadores – passam por grandes dificuldades financeiras e isso é visível nas alegações que buscam justificar um serviço precário, a falta de produtos, um atendimento deficiente, etc.
Mas, e daí? Vamos nos acomodar e deixar “a vida nos levar” ou vamos buscar dentro de cada um de nós a criatividade, o poder de resiliência e a coragem para superar?
Claro que ninguém quer sucumbir à propalada crise, mas para dar um salto de qualidade em meio às possíveis oportunidades é preciso prospectar e descobrir onde elas estão. E isso fica mais difícil se cada um olhar somente para si mesmo.
Elegemos nossos governantes municipais e, na maioria dos casos, acreditando na promessa de busca de participação da população por meio das empresas, associações, clubes, cooperativas, enfim o conjunto da sociedade, com vistas a uma administração honesta, transparente e efetiva.
Cada um tem algo a oferecer e é hora de pensarmos não no que a nova administração vai fazer por nós, mas no que nós poderemos fazer para contribuir com o desenvolvimento do município. Por exemplo, se há desemprego, os empresários podem – e devem – capacitar seus empregados, oferecer oportunidades a quem está começando no mercado de trabalho, diminuir seus lucros em prol de uma melhor distribuição de renda. Não será a prefeitura que deve empregar mais trabalhadores, já que a folha de pagamento de funcionários é que come a maior parte das precárias verbas.
No caso do Poder Público, buscar mais eficiência nos serviços e novas fontes de renda, incentivar novos investidores e fazer uma administração empreendedora. Não ficar somente dependendo dos repasses dos governos estadual e federal os quais, sabe-se, estão também alegando penúria.
Não custa lembrar aqui que DEMOCRACIA é o governo do povo pelo povo e para o povo, mas, pergunta-se: em quais instâncias esse povo participa? Ou só reivindica e recebe os benefícios e serviços que vêm sendo cada vez mais indisponíveis.
Reivindicar sim, pois pagamos impostos, mas também buscar alternativas de interferir positivamente na administração municipal. Essa deverá ser nossa resposta aos novos prefeitos, quando eles, diante das dificuldades porque passa a quase totalidade dos municípios brasileiros, se perguntarem: fui eleito, e agora?

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