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Opinião
10/10/2013 09h17

Morta a curiosidade... nasce a dúvida

José Luiz Ayres

por José Luiz Ayres


Há coisas que existem na vida, que sabemos existir, pois já a vimos através de filmes e encenações teatrais, mas que na verdade muitas vezes deixam duvidas quanto veracidade, não que sejamos feito S. Tome, mas sentimos no íntimo. Desfrutávamos de aconchegante e admirável hotel fazenda encravado à serra da Mantiqueira, mais precisamente à cidade de Virginia, onde o paradisíaco local nos deslumbrava diante de incrível beleza em meio a preservada natureza a nos deixar longe do caos urbano que vivemos.

Ao início da tarde, relaxados à varanda, após a sonolência natural provocada pelo excesso calórico do farto almoço, três jovens mulheres se chegam, abancando-se às espreguiçadeiras pondo-se a conversar evidentemente sobre o hotel, a externarem-se que se utilizarão de todos os fazeres oferecidos, desde as cavalgadas, banhos de cachoeira, bicicletas, arvorismo, tirolesa e tudo o que terão de direito. Uma das colegas depois de concordar, indagou da amiga que ela se esqueceu de mencionar no programa, a ida bem cedo à ordenha saborear o leite inatural ao pé da vaca, já que dizia ser a primeira vez a se utilizar desta prática. No que houve acordo ao interarem-se na administração sobre o horário da ordenha.

Eu que ali ouvia a conversa, erguendo-me, dirigi-me ao balcão do café no intuito de degustá-lo. Ao chegar ao balcão, às três jovens também o fizeram. Enquanto aguardávamos, as deslumbradas se entendiam sobre a hora de seguir ao curral, já que o frio da manhã é bem intenso.

Observando-as e, não querendo tornar seus passeios desagradáveis, optei mesmo contrafeito, alertá-las sobre à possibilidade na ingestão do leite in natura proporcionar problemas intestinais àqueles não familiarizados à pratica, pois a gordura excessiva do produto é real ao efeito colateral ocorrer pelo teor de lactose, nutrientes, enzimas e outros, cuja fermentação biológica causará cólicas e diarréia que deixaram o consumidor “desconsumido” por longo período de tempo.

Sorrindo, as três como desdenhando, limitaram-se a dizer que isso é pura lenda e é coisa de caipira a intimidar a gente instruída da cidade grande. Nada vai ocorrer.

Se assim fosse os bezerros não tomariam o leite de vaca! Amanhã às 5,30 horas estaremos com nossas canecas a saborear, ao pé da vaca, está delicia!

Maneando a cabeça, desejei a elas um delicioso desjejum e um proveitoso dia de muito lazer, mas que hajam com moderação no consumo do leite.

Retirando-me, ainda pude ouvir com ironias e risos, quando disseram que esse homem não conhece nada e quer nos intimidar. Que bobagem!

A tarde seguiu, a noite foi agradável no que pese o frio, o sono delicioso caiu como uma luva até o nascer do novo dia e lá estávamos a curti-lo sua plenitude após nosso desjejum e iniciarmos nossa caminhada a desfrutar dos lazeres que o hotel nos proporcionava. Com a proximidade do almoço, retornando ao quarto, optamos por saborear um cafezinho e, para a surpresa, a moça do café solicitou que fosse à administração. Estranhando, lá me dirigi e sou indagado pelo gerente se por acaso era médico.

Claro que a resposta foi não, mas o perguntei o porque da indagação. O cidadão mostrando-se preocupado, fala que três moças hospedes solicitam a presença de um médico, pois estavam bastante combalidas e passando mau dos intestinos e com possibilidade de desidratação a atribuir o mau pela degustação da maionese servida no jantar.

Sorrindo, solicitei ao gerente que indagasse das irônicas criaturas, quais das vacas saborearam o seu leite no curral, pois não foi por falta de aviso que as alertei a ter cuidado com o leite in natura. Agora é curtir o repulso e, a “caminhada” da cama ao vaso sanitário e bastante água a ingerir não no banho de cachoeira!

 

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