Nos sinuosos caminhos da vida em busca de progresso e evolução, podemos tomar como exemplo um pavimento mosaico, um tabuleiro de xadrez onde caminhamos por ladrilhos pretos e brancos, devendo imaginar que hora pisamos num branco e hora, no preto.
Após um branco vem um preto e assim sucessivamente. Tudo indica que a vida é feita de eventos que nos revelam que tudo tem inicio, meio e fim. Quando damos um passo para o “bem” ou branco devemos nos lembrar que ainda estamos apoiados com um pé no preto, “mal”. Tudo isso indica que não podemos fugir dessa Lei da Polaridade. O importante é se observar que nem todo bem é bom, e nem todo mal é ruim.
Às vezes o que é bom para um pode ser mal para outro e vice-versa.
As próprias virtudes e os “pecados” formam um imã por conta da polarização em seus efeitos, e que pode ser concebido como uma ferramenta poderosa para se avaliar o próprio equilíbrio e evolução.
Quando estamos de um lado é justamente para se observar (como espelho) no outro aquilo que temos e podemos ou não fazer. Quando prejudicamos os passos de quem está evoluindo, com certeza iremos encontrar algo semelhante em nossa caminhada.
Tudo isso nos conduz a uma reflexão sobre o Caminho do Meio: existirá um caminho entre o bem e o mal?
Sendo regido pela Lei do Karma e vivendo sob os influxos da Lei da Polaridade, como podemos encontrar um atalho, uma válvula de escape para subverter o processo? Entendemos que não podemos nos furtar em pisar num ladrilho e nem no outro – ou seja, quando estivermos no lado “bom” devemos ficar atentos se isso não nos pode trazer algum prejuízo, ou prejudicar a terceiros; e, quando no lado “mal”, se realizamos algo de benéfico para si próprio ou para o outro.
Daí, começarmos a “entender” que o Caminho do Meio é, exatamente, o estado de espírito, o equilíbrio permanente entre as duas situações: O Mal no Bem e o Bem no Mal, na Grandeza Sublime da Lei.