O preconceito do discurso
Adoro ouvir as lindas palestras sobre inclusão. Inclusão de tudo, de deficientes visuais, de crianças com dificuldade de aprendizagem, de crianças super dotadas e vários outros extremos.
Queria entender o por quê da necessidade do ser humano se sentir igual ao outro. Por mais que se tente a inclusão, um cadeirante jamais será igual a uma pessoa que tem os movimentos dos membros inferiores, pelo simples fato que o primeiro tem certas limitações. Um deficiente auditivo não escuta, e isso o diferencia das pessoas que escutam.
Não estou dizendo que eles são inferiores, só estou afirmando que eles não são iguais. São diferentes como uma criança que aprende rápido é diferente de uma que tem mais dificuldade.
Inclusão gera segregação e nada mais.
Explico. Você, leitor, imagine uma sala com um aluno com dificuldade de aprendizado, um com facilidade e os demais alunos normais. O aluno com facilidade vai achar um porre ir pra escola, os colegas da sala se afastarão dele porque ele seria o “CDF”, nerd, come-livro ou algo assim. Enquanto isso, o aluno com dificuldade também acharia terrível assistir as aulas, e seus colegas o chamariam de burro, lerdo e outros termos depreciativos.
A inclusão faz com que as pessoas se afastem. Não podemos viver fingindo que todos são iguais. Devemos reconhecer as diferenças, aceitá-las e respeitá-las. Isso não é preconceito. O preconceito esta no discurso de quem é amargo por não ser ético nem racional.