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Opinião
31/07/2014 17h39

O que aqui se faz, aqui se paga

José Luiz Ayres

Chega o ônibus à rodoviária de Lambari, procedente da cidade de Varginha com destino ao Rio de Janeiro e um número razoável de turistas cuja temporada de férias, já nos estertores delineava-se ao final, inicia o seu regresso após a colocação das malas, sacolas, valises, etc... no guarda volume do veículo.

Duas senhoras que haviam adquirido suas passagens com acomodações em poltronas juntas, são surpreendidas ao encontrarem dois indivíduos ocupando seus lugares. Mesmo lhes sendo apresentadas as passagens, os dois inconsequentes, se recusaram a deixar o lugar, a dizer que se acomodassem em outras poltronas, pois o ônibus estava vazio. Contestaram claro, afinal as passagens especificavam as poltronas solicitadas, portanto os lugares as pertenciam. Criado o impasse onde os argumentos não surtiram efeitos, uma delas resolve reclamar ao motorista. Todavia como o ônibus já iniciava à partida, a outra amiga optou por dissuadi-la da reclamação, vez que não adiantaria, pois os maus educados não cederiam os lugares.

Os dois insolentes que estavam nem ai, às lamúrias ouvidas, ficaram a rir debochadamente das senhoras, que trôpegas pelo balanço do veículo em movimento, tendo suas sacolas em mãos a dificultá-las na locomoção, bastante injuriadas, com razão acomodam-se em outras poltronas após colocarem no bagageiro superior seus pertences com minha ajuda, a correrem o risco de passarem pelo dessabor desses lugares serem ocupados por alguém que poderia embarcar no trajeto ou em São Lourenço. Felizmente tal não ocorreu.

Ao iniciar a descida da serra, depois de Pouso Alto, com o ônibus dentro da sua normalidade e segurança, embora a sinuosidade da estrada o veículo costuma jogar um pouco, numa determinada curva, uma pick-up em sentido contrário entrando forçada, invadiu a faixa de descida. O motorista atento, a evitar à colisão deu um golpe de direção, o que em consequência fez com que nós, passageiros, balançássemos nas poltronas. Entretanto quis o destino que, justamente no bagageiro acima dos dois atrevidos cidadãos, caíssem sobre eles, dois potes de plástico cheios de iogurte, que ao atingir um deles à cabeça romperam-se espalhando iogurte por todo lado, deixando-os completamente ensopados. No que pese o que fora atingindo diretamente, estivesse atordoado a esfregar as mãos à cabeça, provavelmente, tentava amenizar a dor pelo impacto de dois potes de 250 g cada. Óbvio que as duas senhoras e os demais passageiros, explodiram em unissonante gargalhada.

Moral da história: Respeito e educação são qualidades naturais de todo ser humano, todavia, quando não se é dotado de tais princípios, sempre se estará sujeito aos ensinamentos pelas peripécias que o destino nos impõe, cujas consequências jamais serão esquecidas.

Ah... Esses turistas mal educados que abusam das insolências e quando são castigados merecidamente, que momento pitoresco nos oferecem a relembrar o velho ditado popular: “ O que aqui se faz, aqui se paga!”

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