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Opinião
12/01/2012 16h21

Opinião Arthur, mais um

Arthur, mais um

Mais uma vez me sinto honrado e, porque não envaidecido, pelas palavras elogiosas do nosso leitor; Arthur Medeiros, a mim auferidas concernentes as crônicas que venho escrevendo sob o título: Na Fumaça do Trem, onde procuro desenvolvê-las a tornarem-se um elo de ligação de saudade entre o passado e o presente, junto aqueles que pelo trem, notadamente as Marias-Fumaça, tiveram parte da vida integrado a esse lendário tipo de transporte.


Por outro lado, gostaria de esclarecer, a sua duvida “São-tomeziana” sobre a veracidade dos episódios, os quais vem questionando pelo quantitativo dos fatos descritos, atribuindo que boa parte é pura imaginação e criatividade. Pensando bem, não tiro sua razão, talvez pensasse igual se eu não me conhecesse. Afinal são anos de pesquisas dedicadas a estas coletâneas onde pacientemente e com sorte, venho garimpando histórias conseguidas por abordagens momentâneas, relatos de amigos, ex ferroviários, amigos de amigos, enfim uma gama de narradores incógnitos, que de alguma forma vieram e vem agradecer este meu acervo, o qual através de sínteses rascunhadas, transformou-as posteriormente, ai sim com um pouco de criatividade, em crônicas. Hoje possuo catalogadas 328, sendo somente 62 publicadas nos jornais onde colaboro em vários estados.


A propósito, este seu questionamento me fez lembrar, que numa ocasião quando participávamos de um passeio turístico no trem a vapor em Paraíba do Sul  (RJ), de um cidadão que ao nosso lado em conversa tecia comentários enaltecedores ao trem e a iniciativa de trazê-lo de volta aos trilhos. Entre trocas de assuntos, fez alusão às histórias escritas por um cronista, - mostrou-me desdobrando um jornal regional – sob o título; Na Fumaça do Trem, as quais embora agradáveis, o deixava em dúvida quanto a veracidade da narrativa, não crendo que possa cronicar tantos episódios, mesmo baseados em inúmeros colaboradores. Abrindo e desfolhando o seu jornal, mostrou-me a crônica dando como exemplo o que fora escrito com o sub-título: “A culpa foi do capeta”. Continuando a crítica, revelou que gostaria muito de conhecer o cronista, para poder narrar, ai sim, um fato real contado pelo saudoso avô, quando fazendeiro à localidade de Morro Azul em Vassouras tinha pelo trem sua locomoção periódica enquanto viveu.


Retirando do bolso minha carteira de colaborador daquele jornal, lhe mostrei a identificação, no que ao lê-la, espantou-se a dizer: Então você é o autor das crônicas? Respondendo-o afirmativamente, me pus à disposição a ouvir sua história. Um tanto envergonhado e ruborizado, se desculpando pela crítica, resolveu contar-me, após solicitar; talvez por se sentir ainda encabulado, o meu “autógrafo” ao rodapé da coluna no seu jornal, cujo título bem sugestivo da crônica teve tudo a ver com o momento.


Como pode observar, é assim que venho conseguindo amealhar meus episódios. Por falar nisso caro Arthur, não tem nada para me contar?

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