A grande mídia não mente ao alardear que o Brasil já é a sexta economia do mundo, tendo ultrapas+++sado a Inglaterra.
De repente, somos mais ricos do que a Rainha, o Príncipe Charles, a Princesa Diane, os Beatles e muitos outros, uns ainda vivos, outros idos e vividos.
Na euforia, esquecemos que essa corrida se refere a um troço: aquilo que o economês chama de PIB - Produto Interno Bruto.
E toda vez que algum âncora o menciona no jornal da TV, repete a explicação: "PIB é a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos pelo país no ano".
Tudo bem! O povo produz mais, as empresas também. A situação internacional dá uma forcinha e o PIB cresce.
Mas, como diz o próprio nome, ele é bruto. Devia virar PII - Produto Interno Inteligente, bem distribuído, bem aplicado, tudo em benefício do social.
Quem vem se apropriando dessa riqueza? Cadê a grana?
Sim, sempre sobra um pouco para o povão. Mas não o bastante para que tenhamos qualidade de vida comparável à dos ingleses.
Ou alguém pensa que na Inglaterra existem 20 milhões de miseráveis absolutos?
Este é o número que o governo Dilma corajosa e honestamente reconhece existir ainda no Brasil.
Por aqui, o governo está cada vez mais rico e o povo vez mais cheio - não de grana, mas de orgulho nacional.
O meu, prefiro em dinheiro - isto é, em salário, saúde pública, educação pública, segurança pública e transparência nas finanças públicas.
Ser brasileiro já é, em si, um esporte suficientemente radical.