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Opinião
18/10/2012 17h46

Opnião A era Lula: a pedra nos sapatos da elite conservadora

A era Lula: a pedra nos sapatos da elite conservadora

É sabido que no Brasil é histórico o preconceito e ódio das elites contra as lideranças de movimentos populares e de Partidos Políticos de esquerda, como por exemplo, os que ocorreram e ocorrem contra Chico Mendes, Getúlio Vargas, João Goulart, Juscelino Kubitschek, Lula, Dilma Rousseff e tantos outros.

Evidente que toda essa odiosidade que conta com o irrestrito apoio da mídia hegemônica, tem um único objetivo: as elites do Brasil pretendiam se perpetuar no Poder, para tanto, lutam desesperadamente, contra esses movimentos sociais e as forças políticas progressistas do Brasil.

No entanto, sabemos que na democracia essa luta política é dinâmica: há retrocessos e avanços. Um bom exemplo dessa afirmativa foi à vitória das forças populares em 2002, com a eleição de um operário, sindicalista e retirante de nome Luis Inácio Lula da Silva. Aqui começa a derrocada da direita conservadora do país, e por conseqüência, o aprofundamento da luta contra esse homem que ousou enfrentar essa elite e por essa razão se tornou o inimigo número desse seguimento social.    

Aliás, nesse sentido o grande mestre Emir Sader escreveu: “Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele”.

A propósito, são amplamente conhecidos os inúmeros ataques desferidos por esses “aprendizes do lacerdismo anacrônico” contra o Presidente Lula. As armas são variadas: agressões preconceituosas, mentiras, conspirações, e até mesmo declarações covardes e desumanas como as que ocorreram quando Lula foi diagnosticado com câncer. Porém, em todas essas investidas Lula venceu contra-atacando com a sua única e imbatível arma: o apoio popular.

Contudo, esses ataques não cessaram. Em meados do mês de setembro último, por exemplo, a mídia hegemônica, por meio de um dos seus principais representantes, a revista “Veja”, utilizou o seu arsenal e mais uma vez apontou a sua mira para o alvo principal: o ex-presidente Lula. A reportagem da “Veja” - revista que foi flagrada em conluio com Carlinhos Cachoeira – acusa Lula de ser o chefe da quadrilha do “mensalão”. E essa afirmação, é amparada nos seus famosos padrões de reportagens como “segundo consta”, “segundo teria dito um réu da ação penal nº 470” ou “segundo conversas em off” e por ai em diante, e mais uma vez estamos diante de uma matéria caluniosa, tendenciosa e vergonhosamente partidária e eleitoreira.

Aliás, nesse mesmo sentido o brilhante Senador Roberto Requião (PMDB), comentando essa matéria, assim se manifestou na Tribuna do Senado: “Este conjunto de articulistas desfrutáveis que faz a posição oposicionista nos meios de comunicação usa uma entrevista que não houve para, mais uma vez, tentar indigitar o ex-presidente... A oposição não perdoa, e jamais desculpará a ascensão do retirante nordestino à Presidência da República. A ascensão do metalúrgico talvez ela aceitasse, mas não a do pau-de-arara. Este, não!...Apenas corações empedrados por privilégios de classe, apenas almas endurecidas  pelos séculos e séculos de mandonismo, de autoritarismo, de prepotência e de desprezo pelos trabalhadores podem explicar esse combate contínuo aos programas de inclusão das camadas mais pobres dos brasileiros ao maravilhoso mundo do consumo de três refeições por dia. Se algum respeito, se alguma condescendência ainda havia para com esse  pau-de-arara,  foi tudo pelo ralo, pelo esgoto em que costumam chafurdar historicamente os nossos meios de comunicação”.

Diante de tudo isso, não é exagero reafirmar que a guerra suja desses novos lacerdistas contra as forças populares continuará, especialmente, para tentar deter o seu maior  inimigo, o presidente Lula.  Resta saber se essas impiedosas ofensivas midiáticas terão os resultados esperados, e o primeiro teste vem com o fim das eleições de 2012. É esperar para ver!

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