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Opinião
23/05/2013 10h25

Os abutres neoliberais estão à espreita

Odilon de Mattos Filho fala sobre o atual governo brasileiro.

por Odilon de Mattos Filho, de Andrelândia/MG

odilondemattos@ig.com.br

amidiaeapolitica.blogspot.com

 

Malgrado as inúmeras políticas implantadas pelos governos Lula/Dima para acelerar o desenvolvimento do país e o crescimento econômico, há ainda grandes gargalos que travam esse Projeto, um deles é o setor de infra-estrutura.

E é exatamente aqui que entra, não só a competência administrativa, mas também, o jogo político. A oposição sabe que o Governo não se sustenta somente com as políticas sociais. O Brasil necessita crescer, gerar mais empregos, fortalecer a economia e propiciar o desenvolvimento crescente e sustentável do País, caso contrário, esse Projeto concebido no Governo Lula pode naufragar e propiciar o retorno dos senhorzinhos da “Casa Grande” ao Poder.

Aliás, nesse sentido vale destacar as sábias palavras do jornalista Luis Nassif: “...se o Brasil não retomar um processo de crescimento econômico mais forte, as políticas de distribuição de renda que foram responsáveis pela reeleição de Lula e a vitória de Dilma, em 2010, irão para o Beleléu. E todo esse arranjo político-econômico-social-institucional que sustenta o atual governo (e que manteve o de Lula em pé também) irá desmoronar rapidamente...”

Porém não só a oposição sabe dessa possibilidade como também o Governo. Acontece que os governos trabalhistas mudaram a lógica política da distribuição da renda. Os neoliberais (FHC), historicamente, defendem que primeiro devemos crescer para depois distribuir a renda, já o trabalhistas (lula/Dilma) provaram que o inverso é totalmente plausível.

E para comprovar sua tese, os governos Lula/Dilma optaram por uma aliança com capital produtivo, diferente de FHC que se alinhou ao capital especulativo. E para colocar em prática esse Projeto, os governos trabalhistas, baixaram os juros reduzindo a sangria de dinheiro público destinado aos rentistas; reduziu tarifas de energia em mais de 20% para a indústria; desonerou encargos sociais de alguns setores-chave da produção; usou bancos federais para forçar a baixa dos juros em meio ao cartel financeiro; mantém a política de ganhos salariais reais, aumentando o poder aquisitivo da população; reduziu impostos sobre combustíveis, cesta básica, linha branca, automóveis, móveis, etc., e agora investe em infra-estrutura de transportes por meio de concessões, e não privatizações, de aeroportos e portos.

Aliás, com relação à infra-estrutura, em meados do mês de maio o Congresso Nacional aprovou a importantíssima Medida Provisória (MP) dos Portos. Esse Projeto segundo a “Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib)”, “visa modernizar os Portos impulsionando os investimentos e melhorando a logística do país resultando em um aumento da concorrência do setor produtivo brasileiro. Em médio prazo estima-se que a aprovação da MP dos Portos poderá promover investimentos na ordem de R$ 50 bilhões no setor. Uma correia de transmissão de crescimento econômico, competitividade da economia e geração de empregos e oportunidades em diversas regiões do país”.

Porém, e por incrível que pareça, há brasileiros contra esse Projeto de desenvolvimento, pelos menos foi o que assistimos durante a votação da MP dos Portos. A oposição tentou barrar esse Projeto que, claramente, impulsionará o crescimento do país. Por outro lado, assistimos, também, o rasteiro e mesquinho interesse pessoal do Deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e de outros Parlamentares, inclusive de oposição, na defesa dos interesses do poderoso banqueiro Daniel Dantas, um contumaz beneficiário das benesses do Poder. Por pouco o Governo viu sepultado esse importante e decisivo Projeto para economia brasileira.

No entanto, essa luta pela modernização dos Portos ainda não terminou, restam ainda, algumas emendas que foram aprovadas junto com a MP e que desfiguram, por completo, a essência do Projeto. Esperamos que a Presidenta Dilma, não se acovarde e vete essas emendas. O Brasil não pode ficar refém de um banqueiro condenado, de um deputado sabidamente corrupto, e tampouco, como bem afirma o jornalista Paulo Henrique Amorim, “ser sitiado pelos cartórios que não passam das ruínas da Privataria Tucana”. Portanto, temos de ficar atentos, pois os abutres neoliberais estão à espreita e prontos para golpear, novamente, o povo brasileiro!

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