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Opinião
29/08/2013 09h27

Paranoia, não! Razão, realidade...

José Luiz Ayres

por José Luiz Ayres


Lá íamos nós e um casal nosso amigo, paulistano, que nos visitava no Rio, curtindo a viagem pela deslumbrante região serrana entre Teresópolis e Friburgo, quando vislumbramos uma patrulha policial posicionada a diante. A mulher do casal notando-a,  apavorou-se exclamando sonoro e extenso IH..., seguido da frase:- Seremos assaltados ou sequestrados!  Meu Deus protegei-nos!

Acalmada pelo marido dizendo tratar-se de militares, o que aliás daria lógico, certa tranquilidade, afinal segurança é sempre benvinda principalmente em lugares ermos, onde turismo se faz presente, ao aproximarmos nos fizeram parar.

O silêncio no interior do carro era total. Abordado pelo militar com um grave e lacônico “Bom dia” e na arrogante solicitação dos documentos, abri a porta, saltei e os apresentei, onde verificou-os indo posicionar-se à traseira do veículo “mandando” de maneira imperativa que abrisse o porta-malas.

Cumprida as exigências policialescas, chamou por outro militar que se chegou e, a parte como segredasse, voltou-se a mim dizendo que iriam revistar o interior do veículo. Indignado e sem ter como recusar, contrariado encaminhei-me ao carro visando pedir que todos o deixassem. Todavia, dado ao visível constrangimento, o sargento, talvez o responsável, aproximou-se negando a necessidade da revista pedindo ao subordinado que entregasse os documentos e nos desejou boa viagem.

Acomodado ao veículo, minha mulher disse que nossa amiga havia desmaiado. Virando-me pude constatar o marido tentando reanima-la , o que veio a ocorrer após darmos a partida. Refeita, contou-nos que apavorada sob tensão, ficou a observar  os policiais, que arrogantes me acuavam pela intimidação. Criando uma imagem de pavor, imaginou que seríamos todos mortos após sermos assaltados, para evitar que os denunciássemos, já que hoje não podemos mais confiar em policiais. A mídia nos tem mostrado o quanto de perigoso são muito desses elementos rotulados de segurança pública. Não viu mais nada quando a mala foi aberta, pois julgou ser o fim de tudo...

Sentindo-me apreensivo ao ouvir aquelas reais palavras, confesso que fiquei a pensar e, cheguei a conclusão que pitoresco seria eu, achando que por serem policiais nossos abordantes, estaria seguro...

Moral da história: Toda paranoia tem seu fundo de razão...

Ah... nós “Turistas Desligados” da realidade a atribuir como paranoia certas atitudes histéricas às quais vemos como instantes pitorescos, não passamos de inocentes idiotas bem além de pitorescos, confiar nestas ditas seguranças que outrora muito representou e que nos dias atuais não se consegue distingui-los sobre o bem e o mal!

 

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