Por Ricardo M. Barbosa
Como as redes sociais podem influenciar em relação ao trabalho? Essa questão é cada vez mais usual para as pessoas, em função da amplitude que esses meios de comunicações tomaram. E uma coisa eu posso afirmar – com certeza, o que você coloca em suas redes sociais pode ter reflexo em sua vida pessoal.
Por isso, acho relevante falar dos principais pontos relacionados ao tema:
Vivemos uma realidade na qual o que se fala, curte, quem segue e tudo mais pode ser usado a favor e contra profissionalmente. Vejo muito isso em contratações, onde as áreas de recursos humanos já utilizam desse artifício. Frases mal postadas, preconceito, xingamentos, declarações desnecessárias com certeza pegam muito mal. Sem contar que sempre se deve buscar escrever de forma correta. Pense sempre que as redes sociais segue a vida real, assim, pense quais situações não seriam adequadas tomar na frente de seus pares do trabalho e reproduza esse conceito para as redes socais. Como pode ver, são inúmeras as situações a serem evitadas.
Para postar, basta ter bom senso e utilizar as redes sociais com inteligência, tendo a consciência do impacto das suas ações. Coloque em uma balança os pontos positivos e negativos de uma postagem. Sei que parece chato, e tira um pouco a graça dessas redes, mas essa é a única forma de garantir que o postado nas redes sociais não interferirá no lado profissional. As pessoas hoje tem acesso ao que você faz 24 horas. Por isso, preserve sua imagem. Lembrando que ser feliz não o que se está na rede mundial.
Exemplos recorrentes são os impactos de constantes fotos no Facebook - ou outras redes - de bebedeiras, baladas e ‘pegação’. Não cabe a ninguém julgar o estilo de vida das pessoas, mas expor o mesmo de forma inadequada trará consequências negativas para imagem de um profissional. Hoje vivemos um momento em que o compartilhamento de informações é muito rápido, e com isso também é muito fácil ser visto e ser alvo de entendimentos errôneos e pré-conceitos nas redes sociais, não que isso seja correto, mas é recorrente as pessoas avaliarem os profissionais pelo que observam em fotos.
Por isso recomendo que, antes de tirar qualquer foto, como os famosos selfie, tenha em mente que você será julgado por ele. Um erro comum é a pessoa bloquear o acesso das pessoas as suas fotos nas redes sociais e achar com isso que está segura, ledo engano, pois outras pessoas poderão compartilhar a mesma foto, e assim de nada adiantou essa preocupação. Um profissional deve ter sempre como palavra de ordem em suas redes sociais a prevenção da imagem.
Ponto bastante complexo, a respostas dependerá da relação que se tem com a pessoa. Recomendo como postura mais adequada uma posição passiva, mas, caso seja convidado pelo chefe, recomendo que o adicione, pois, mais do que o lado profissional, estamos sempre lidamos com indivíduos, que possuem em suas personalidades características diversas, assim, tenha em mente que o fato de não aceitar uma solicitação pode ser levado como uma ofensa, ou com o fato que tem muito a esconder, criando um desconforto não adequado.
Uma dica para quem não quer adicionar é deixar claro de forma indireta que não gosta de ter colegas de trabalho em suas redes sociais. Outro ponto é também se conter, não é porque começou um novo emprego ou tem uma nova rede social que deve chamar todos para serem seus amigos. A pessoa também pode não gostar de ser adicionado e ficar assim em uma saia justa. Por fim, busque sempre convidar para suas redes pessoas com quem realmente tenha relacionamento. Hoje se tem uma verdadeira competição para ver quem tem mais amigos nas redes sociais, todavia, as pessoas não percebem os riscos que existem com isso.
Essa é uma boa saída para quem quer privacidade, mas não é garantia nenhuma, sempre haverá os que vão querer participar das duas redes e também os que irão acessar todas, buscando saber o que você faz de sua vida. Não se iluda com soluções simplistas, a postura preventiva é a melhor saída.
*Ricardo M. Barbosa* é diretor executivo da Innovia Training & Consulting. Consultor em Gestão de Projetos há 15 anos e já atuou como executivo em grandes empresas como Ernst & Young Consulting; Wurth do Brasil; Unibanco; Daimler Chrysler.