Antes de tudo, digo que amo a imprensa e Hitler.
Santa imprensa, cheia de farsas, manipulai nós, telespectadores, agora e na hora do intervalo ad finem.
Vivo neste mundo onde palavras são simplesmente um conjunto de letras e fonemas que não fazem o menor sentido.
Onde luzes, cores, sons e flashes fazem parte de um grande show ilusionista.
Vivo tentando criar algum sentimento no centro dos corações desses robôs-humanos que são programados somente para laborar.
Ao vestirem o uniforme suas mentes se atrofiam, e suas almas são vendidas ao primeiro burguês escravocrata que aparecer.
Neste comércio de palavras, desdenhado pela população humana, me pego pensando: escrevo pra quem? Pra quê, (?) se ninguém me entende?!
Músicas e cartas, crônicas e poemas... todos em vão: tudo ficará solto no mundo como água no mar.
Talvez, pessoas menos terrenas se envolvam com minhas suaves palavras umedecidas com as lagrimas de uma poetiza de parede e me ajudem, quem sabe a mudar o mundo.