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Opinião
04/07/2016 16h47

Um “porco” no ninho!?

Coluna Esses Turistas Pitorescos

Aquele ano, optamos através de uma excursão, participarmos do tradicional e famoso evento Oktober Fest em Santa Catarina, partindo do Rio de Janeiro. Lógico que a animação, a alegria, a descontração se faziam presentes, afinal todos começavam a se integrar ao clima festivo que a viagem e as festividades decorrente do evento proporcionava. Entretanto, logo no embarque, um cidadão já de certa idade, dava seus primeiros sinais de contrariedade com relação àquela animação, reclamando junto a um dos guias da excursão quanto ao que considerou uma algazarra. Enfim, partimos dentro de um ambiente bem agradável até a primeira parada prevista no roteiro, onde esticamos as pernas, nos utilizamos dos toalhetes, comeu-se, bebeu e já apostos dentro do ônibus, seguimos viagem com a presença do anoitecer, em que o natural relaxamento começava a dar sinais evidentes de descansos.

Levado pela penumbra reinante, a calma e a tranquilidade passaram a imperar, muito embora um grupo de rapazes e moças continuasse em seus papos. O “cidadão ranheta” que tencionava, lógico, dormitar, não conseguia seu intento e resolveu sem a interferência dos guias, reclamar com o grupo mostrando-se até um tanto agressivo. A moçada o acatou inclusive se desculpando e o silêncio passou a ser total.
Passado pouco mais de meia hora, o ambiente silencioso começou a ser quebrado por um ronco forte e compassado que crescia de sonoridade à medida que o “roncador” caia em sono profundo. De fato o barulho era insuportável e irritante. Um dos rapazes levantou-se para ver de quem se tratava e não deu outra, era o “ranzinza”! Então de posse do celular, trataram de registrar o abominável ronco que mais parecia um porco.

O guia, preocupado, resolveu tocá-lo no braço a fim de evitar problemas. Acordado e espantado, o guia o explicou o motivo em despertá-lo. Sem se importar com o motivo, disse que nada poderia fazer e que era um exagero dizer que estava incomodando. Claro que o silêncio retornou a bordo, pois o coroa manteve-se acordado. Dez minutos depois, um ronco sacudiu intenso ao ambiente permanecendo algum tempo. O “ranheta” levantou-se indo até o guia e diz: - Esse barulho não me deixa dormir, exijo providências iguais. Acorde este animal! Isto aqui não é “pocilga”! Nessa altura se chega o rapaz que mostrando o celular, e disse: - Senhor, o ronco que o incomoda e que parecia estar numa “pocilga”, é o seu próprio que gravei enquanto o senhor dormia!!! Imagina o que sofremos também...

Moral da história: Quando partilhamos de uma coletividade, sempre se deve aquiescer aos nossos hábitos e particularidades, desde que não extrapolem aos limites dos excessos, é óbvio, pois do contrário seremos considerados um “estranho no ninho” e estaremos predisposto a ser alvo de chacotas e muita gozação.

Ah... esses “turistas ranzinzas” que só querem o seu bem estar e se esquecem do bem estar dos outros, são egoisticamente pra lá de pitorescos e ainda nos presenteiam com boas comédias...

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