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Opinião
25/07/2013 11h35

Um Manjar servido a bordo

José Luiz Ayres em mais uma excelente opinião.

Devido à dificuldade em conseguirmos passagens aéreas de regresso, dada a grande procura ocasionada pelos festejos de fim de ano, resolvemos encarar 25 horas de viagem de ônibus de Porto Alegre ao Rio. No que pese houvesse conforto como: refrigeração, café e água a bordo, independente das várias paradas, sempre se torna cansativo um longo percurso.

Além das belíssimas paisagens litorâneas e das verdejantes campinas, como forma de passar o tempo, passamos a observar o comportamento dos passageiros. Entre inúmeras pessoas, uma mulher já cinquentona nos despertou curiosidade, talvez pelo tipo físico avantajado dentro de uma colante bermuda “arrolhada” ao acento junto da janela no par de poltronas do lado oposto. Felizmente seu vizinho de lugar era uma criança.

Durante a viagem, raras eram as vezes que se mantinha acordada. Sua letargia era total. Até nas paradas permanecia sentada, só fazendo exceção quando eram trocados  as térmicas de café, quando se elevava do lugar indo encher um copo, após servir-se do toalete de bordo. De fato tinha um procedimento estranho, nunca descia do ônibus visando pelo menos exercitar as pernas.

O dia clareava, quando desperto da madorna, observei que a gorducha em seu estado de sonolência, levantou-se trôpega indo em direção ao fundo do coletivo, onde, pelo barulho, trancou-se no toalete.

Levado pela vontade de tomar café, fui em busca das térmicas. Ao aproximar-me, eis que o ônibus ao entrar forçado numa curva, joga forte à esquerda. Segurando-me, mantive-me firme, só que nesse instante, um estrondo se fez presente pela porta do toalete que se escancarou violenta, onde a pobre gorducha com a bermuda arriada aos joelhos é projetada sobre um franzino senhor que dormia a sono solto na poltrona em frente, ficando com a “alva protuberância” para cima e a sufocar o “coroa” que gemia embaixo, prensado pela volumosa mulher. Perante aquela confusão, auxiliei-a retirando-a da incomoda posição e indaguei do franzino cidadão, se estava bem... Só ao retornar à minha poltrona reparei que a quase totalidade dos passageiros, se escangalhava de rir pela jocosa cena, claro, ao verem a alvura do proeminente glúteo que mais pareceu um manjar... sufocando o franzino senhor...

Moral da história: nada é mais gostoso do que ao acordar sobressaltado, soltar uma boa e humorada gargalhada...

Ah... esses “Turistas Rechonchudos” que costumam aprontar das suas, quando se encontram em seus habituais relaxamentos, são sempre uns humoristas a nos propiciarem instantes bem pitorescos e que me desculpem os assemelhados...

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