15/09/2022 15h50
Candidatos alvos da PF declaram dinheiro vivo apreendido ao TSE
Dois candidatos que disputam as eleições de outubro declararam à Justiça Eleitoral, juntos, R$ 2,4 milhões em dinheiro vivo apreendido em operações policiais. O patrimônio bloqueado está nas declarações de bens entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no registro das candidaturas.
Alvo de investigação por desvio de emendas parlamentares, o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA) foi flagrado em investigação da PolÃcia Federal manipulando maços de dinheiro.
O parlamentar indicou os R$ 2,3 milhões confiscados como "dinheiro em caixa apreendido". Maranhãozinho foi flagrado guardando dinheiro em uma ação policial que instalou câmeras ocultas no escritório polÃtico dele. Próximo ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Josimar Maranhãozinho tenta a reeleição à Câmara e já recebeu R$ 500 mil da cúpula nacional do seu partido para a campanha.
Ex-prefeito de Mauá (SP), Ãtila Jacomussi (Solidariedade) informou ao TSE ter R$ 87 mil em dinheiro vivo "apreendido em operação federal, devidamente declarado junto à Receita Federal".
O polÃtico chegou a ser preso duas vezes, em 2018, no curso de investigações da PF sobre suspeitas de pagamentos de propinas por empresas que prestavam serviços à prefeitura. Ambos negaram as acusações feitas pela investigação e não têm impedimento para concorrer à s eleições deste ano. As candidaturas dos dois aparecem como deferidas pela Justiça Eleitoral.
Como mostrou o Estadão, um outro grupo de candidatos declarou à Justiça Eleitoral de joias a obras de arte como patrimônio. Segundo dados do TSE, 193 polÃticos registraram possuir alguma preciosidade, como livros raros, pedras preciosas, gravuras históricas e obras de arte. São R$ 62,6 milhões em itens pouco usuais acumulados por cidadãos com renda média.
Fonte: Estadão Conteúdo