05/01/2023 13h50
Em carta, cacique Serere pede perdão a Lula e Moraes e condena atos violentos
Preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o indÃgena José Acácio Serere Xavante, que se apresenta como cacique do Povo Xavante, divulgou nesta quinta-feira, 5, uma carta com uma série de pedidos de perdão. Na carta, Serere diz que nunca defendeu uma "ruptura democrática" e que não acredita na violência como método de ação polÃtica. "Entendo que o amor, o perdão e a conciliação são os únicos caminhos possÃveis para a vida em sociedade", afirma.
A prisão do cacique desencadeou atos de vandalismo em BrasÃlia no último dia 12. Extremistas tentaram invadir a sede da PolÃcia Federal, depredaram uma Delegacia de PolÃcia Civil e atearam fogo em carros e ônibus. Pelo menos 40 manifestantes envolvidos nos protestos violentos já foram identificados pelas autoridades.
Ele também deixa avisado que, para evitar "qualquer atuação leviana" e a "divulgação de mentiras" a seu respeito, apenas os advogados Jéssica Tavares, Pedro Coelho e João Pedro Mello estão autorizados a falar em nome dele.
O cacique reconhece ainda que errou ao defender a tese infundada de risco de fraude nas urnas eletrônicas. Ele afirma que encampou a narrativa com base em "informações erradas fornecidas por terceiros" e "inteiramente desvinculadas da realidade".
"Na verdade, não há nenhum indÃcio concreto que aponte para o risco de distorção no resultado à s urnas, ou na vontade do eleitor brasileiro", escreve.
Há, por fim, pedidos de desculpas dirigidos ao "povo brasileiro", ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro Alexandre de Moraes, que mandou prendê-lo, ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Fonte: Estadão Conteúdo