22/03/2023 15h10
Pimenta: Não há qualquer possibilidade de vínculo entre fala de Lula e operação PF
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que não há qualquer relação entre a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a operação da PolÃcia Federal contra facção que planejava assassinatos e sequestros de autoridades, dentre elas o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil-PR). De acordo com Pimenta, a manifestação do presidente, feita ontem durante entrevista à TV 247, "foi absolutamente natural, compreensÃvel" diante do contexto.
"Quero cumprimentar a PolÃcia Federal pela operação. Isso é uma demonstração que temos uma PolÃcia Federal republicana, não mais aparelhada, a serviço de nenhum projeto polÃtico, partido polÃtico", disse Pimenta, em declaração à imprensa na tarde desta quarta-feira, 22, no Palácio do Planalto. Na avaliação dele, a investigação foi "executada com sucesso" impedindo a possibilidade de consumação de crime contra as autoridades.
O ministro destacou que a ação da PF demonstra a importância da despolitização das instituições de Estado como forma de garantir segurança jurÃdica no PaÃs.
Questionado sobre a relação entre a fala de Lula sobre Moro em entrevista ontem, Pimenta disse que "não há qualquer nexo, possibilidade de vÃnculo entre a manifestação de Lula e a operação realizada". "Muito pelo contrário, acho que a operação é uma demonstração dessa isenção", citando a despolitização das instituições.
"A manifestação do Lula foi onde ele relatou sentimento de injustiça e indignação, absolutamente natural, compreensÃvel de alguém que ficou 580 dias detido numa solitária e depois teve todos os seus processos anulados", declarou. Para Pimenta, não se pode naturalizar a injustiça.
O ministro ressaltou que a fala de Lula deve ser compreendida pelo contexto. "Querer fazer vÃnculo é estratégia perversa", disse.
Como mostrou o Estadão, a PF deflagrou na manhã desta quarta-feira uma operação batizada de 'Sequaz' contra uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia atacar servidores públicos e autoridades, planejando assassinatos e extorsão mediante sequestro em quatro Estados e no Distrito Federal. Até o momento, nove investigados foram presos. Moro era um dos alvos da facção, segundo investigadores.
Fonte: Estadão Conteúdo