26/09/2022 21h50
Polícia apura mortes de petista e bolsonarista em brigas no CE e SC
Duas pessoas foram mortas no final de semana após brigas em mais dois casos de violência em razão da acirrada divisão polÃtica do PaÃs. Em Cascavel, no Ceará, um homem que se dizia eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi morto a facadas. Em Rio do Sul, em Santa Catarina, um apoiador do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), também foi esfaqueado e morto.
Ontem, a PolÃcia Civil do Ceará prendeu preventivamente Edmilson Freire da Silva, de 59 anos. "Com base nas informações colhidas no local do crime, a motivação do crime estaria relacionada a discussão polÃtica. No dia, a vÃtima chegou a ser socorrida, mas morreu durante atendimento médico", disse a PolÃcia Civil, em nota.
A corporação informou que o suspeito tinha passagem pela polÃcia por lesão corporal dolosa em caso de violência doméstica. Ele já foi ouvido e deve ser transferido para o sistema prisional. O crime aconteceu no sábado em um bar de Cascavel. Testemunhas relataram que uma discussão teve inÃcio depois que a vÃtima, o caseiro Antônio Carlos Silva de Lima, de 39 anos, se dizia apoiador de Lula.
Também no sábado, em Rio do Sul (SC), Hildor Henker foi esfaqueado após discussão em um bar. Segundo a polÃcia, após o agressor dar um tapa no rosto de Henker, eles entraram em confronto do lado de fora do estabelecimento, onde a vÃtima recebeu uma facada na perna, atingindo sua artéria femoral. Ele morreu no domingo, após passar por cirurgia.
O delegado responsável pelo caso, Juliano Tumitan, afirmou que nenhuma motivação está descartada. "A gente está apurando todas as hipóteses. Desde a motivação polÃtica, até uma situação de briga por conta de uma discussão familiar", disse o delegado ao Estadão. "A vÃtima realmente era partidária do Bolsonaro e o autor era simpático ao PT."
Justiça
No mês passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais a criarem juÃzos criminais especÃficos para julgar crimes de violência polÃtico-partidária. A medida foi justificada pela "escalada da intolerância ideológica e de atos violentos com motivação polÃtico-partidária".
Fonte: Estadão Conteúdo