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10/01/2018 16h53

10 parques para conhecer em 2018

Por Duda Menegassi Wikki Parques

O Brasil é um país gigante e megadiverso com paisagens que vão de extensas dunas que parecem desertos à imensas florestas tropicais, de savanas áridas à ricos ambientes marinhos. Conhecer todo o patrimônio natural brasileiro espalhado ao longo dos sete diferentes biomas presentes no país é uma missão praticamente impossível, mas dá para conhecer alguns desses tesouros que são protegidos por unidades de conservação abertas à visitação.

Afinal, 2018 está apenas no começo e é no embalo das metas para o novo ano que o WikiParques preparou uma lista com 10 parques ao redor do país para você conhecer nos próximos 12 meses. Nos quesitos para seleção, buscamos fugir das escolhas mais óbvias, como os belíssimos, porém já super visitados Parque Nacional da Tijuca (RJ) e Parque Nacional do Iguaçu (PR).

Veja a lista completa:

1) Parque Nacional da Lagoa do Peixe (RS)

Entre os múltiplos destinos da costa brasileira, o litoral do Rio Grande do Sul definitivamente não é o mais badalado. Pelo menos entre os humanos. Entre as aves migratórias, porém, é o paraíso. É lá que fica o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, uma zona costeira de 34 mil hectares que funciona como a parada perfeita no itinerário de mais de 150 espécies de aves, como o gracioso flamingo (Phoenicopterus chilensis), um visitante que aparece a partir do mês de março. Não precisa dizer que a observação de aves é uma das principais atividades por lá. Para quem gosta de observar, entre julho e outubro também é possível avistar baleias. Trilhas, lagoas de água rasa, dunas e praias desertas completam o cardápio de atrativos do parque nacional que está localizado a cerca de 200 quilômetros da capital, Porto Alegre. Não há cobrança de ingresso.

 

2) Parque Nacional Chapada das Mesas (MA)

 

Pouca gente sabe da existência de uma quarta chapada protegida por um parque nacional. Diferente de Diamantina, Guimarães e Veadeiros, a Chapada das Mesas só foi oficialmente aberta ao turismo recentemente. O parque, criado em 2005, é um caçula entre as áreas protegidas. As formações rochosas de arenito que compõem a paisagem, entretanto, possuem uma história de milhões de anos. O testemunho do passado ancestral resiste nos sítios arqueológicos dentro do parque. Rios, cachoeiras e poços de água cristalina completam o cenário desse patrimônio escondido no interior do Maranhão. A mais de 800 quilômetros da capital São Luís, a Chapada das Mesas ainda não é um destino de fácil visitação. Os aventureiros que quiserem desbravar o Cerrado maranhense precisam de veículos 4×4 e disposição! Também é recomendável contratar um guia.

 

3) Parque Estadual do Rio Preto (MG)

O que não falta em Minas Gerais, um dos estados com o maior número de parques do país, são destinos de natureza surpreendentes. Localizado a 355 quilômetros de Belo Horizonte, o Parque Estadual do Rio Preto é um desses lugares. Inserido dentro dos belos contornos da Serra do Espinhaço, o parque possui diversas cachoeiras, piscinas naturais e mirantes. Cerrado, campos rupestres e Mata Atlântica se misturam para construir as paisagens, um mosaico de ambientes rico em biodiversidade que podem ser desbravados por trilhas de diferentes níveis de dificuldade. Um dos percursos mais incríveis é o que leva à Cachoeira do Crioulo, uma queda de 30 metros que forma um poço cercado por uma pequena praia de areia branca. O trajeto possui 6,5 km e é considerado difícil. Os amantes de caminhadas podem se aventurar também na “Travessia dos Parques”, um percurso de 50 km entre os parques estaduais do Rio Preto edo Pico do Itambé (MG). Para realizar a travessia é necessário agendamento. A visitação ocorre de terça à domingo e o ingresso custa R$20. Há opção de acampar dentro do parque.

 

4) Parque Nacional do Catimbau (PE)

O estado de Pernambuco tem múltiplos encantos: de praias de areia branca às cores e embalos do frevo. Mas pouca gente sabe que no interior pernambucano está outro patrimônio: o Parque Nacional do Catimbau. A aproximadamente 300 quilômetros de Recife, os 62 mil hectares de área protegida são considerados um dos principais sítios arqueológicos brasileiros. As paisagens pré-históricas do Vale do Catimbau com formações rochosas esculpidas pelo tempo abrigam pinturas rupestres de até 6 mil anos atrás. Além do mergulho no passado, os visitantes podem desbravar as belezas da Caatinga e atrativos naturais como os cânions e as cavernas. Existem dez trilhas, em variados níveis de dificuldades, que percorrem o interior do parque. Na Vila do Catimbau, povoado localizado na entrada da unidade de conservação, há uma associação de guias credenciados para quem quiser conhecer melhor o parque, suas histórias e encantos.

 

5) Parque Nacional do Viruá (RR)

O Parque Nacional do Viruá não é um nome estranho aos observadores de aves que descobriram lá um paraíso com mais de 500 espécies registradas. O destino, entretanto, ainda é desconhecido da maioria. O acesso não é dos mais fáceis, é verdade. São 60 quilômetros entre a capital Boa Vista e o município de Caracaraí, de onde é necessário pegar um barco para descer o rio Branco até o parque. A dificuldade, porém, compensa. A área protegida localizada em plena Floresta Amazônica é uma das campeãs de biodiversidade no Brasil. Essa riqueza se dá pela multiplicidade de ecossistemas que coexistem dentro dos 227 mil hectares do parque. Florestas de terra firme, de várzea, campinas e áreas alagadas, planícies e pequenos morros, lagos e lavrados. Cada cenário com seus próprios personagens, sejam pequenos e coloridos como a ariramba-de-cauda-verde (Galbula galbula), ou grandes e ameaçados como a onça-pintada (Panthera onca). As visitas no parque devem ser agendadas através do e-mail pnvirua@gmail.com e acontecem de terça a domingo.

 

6) Parque Estadual da Terra Ronca (GO)

No extremo norte de Goiás, próximo da tríplice fronteira com a Bahia e o Tocantins, está um dos parques mais místicos do país. Crenças à parte, com mais de 300 cavernas, um dos maiores complexos da América do Sul, o Parque Estadual Terra Ronca é mesmo um lugar especial. Localizado a aproximadamente 600 km de Goiânia e a 400 km de Brasília, o parque possui um circuito turístico de cinco cavernas abertas à visitação, apenas as de mais fácil acesso. Parece pouco diante do todo, mas o patrimônio espeleológico é o suficiente para impressionar qualquer visitante. Uma delas inclusive, chamada de Angélica, é a quarta maior caverna em extensão do país, com 14.100 metros. Do lado de fora também há motivos para se encantar com as paisagens típicas do Cerrado. Destaque para a ave tiriba-de-pfrimer (Pyrrhura pfrimeri), endêmica da região e ameaçada de extinção. Não há cobrança de entrada no parque, que ficam abertos das 8h às 18h (durante o horário de verão).

 

7) Parque Estadual Serra da Concórdia (RJ)

Em um estado cheio de destinos badalados como o Rio de Janeiro pode ser difícil inovar o roteiro turístico tradicional, mas opções não faltam. Uma delas é o Parque Estadual da Serra da Concórdia, localizado no interior do estado, a 130 km da capital fluminense. Em uma área de aproximadamente 6 mil hectares de Mata Atlântica, o parque possui um cardápio de atrativos que inclui cachoeiras, trilhas e mirantes. A Cachoeira Ipiabas, composta por duas quedas d’água de fácil acesso, é uma das mais procuradas, assim como a Cachoeira do Ronco D’água. O mirante da Serra da Concórdia, acessível a partir de uma curta trilha, também é um atrativo obrigatório para os visitantes. Quem quiser aumentar o desafio na caminhada até o mirante pode se aventurar na Travessia da Concórdia, que começa próxima à sede administrativa e percorre 17 quilômetros até chegar ao Santuário da Concórdia, no interior do parque. A entrada no parque é gratuita e acontece de segunda à sexta-feira. Para visitar aos finais de semana e feriados é necessário agendamento prévio pelo e-mail pescuopublico@gmail.com

 

8) Parque Nacional da Serra do Divisor (AC)

Chegar no Parque Nacional da Serra do Divisor, na divisa do estado brasileiro do Acre com o Peru, não é fácil. Para começar, são quase 700 km de estrada entre a capital Rio Branco e o município de Mâncio Lima, a porta de entrada do parque. De lá, é mais um dia inteiro de barco para chegar ao interior da área protegida. Toda a logística, entretanto, vale a pena. No parque, o quarto maior do Brasil, é possível conhecer a Floresta Amazônica em toda sua imensidão e exuberância. Regiões alagadas, igapós, igarapés, lagos fluviais, cachoeiras e as montanhas são alguns dos atrativos. O vasto rio Ucayali, na fronteira, é outro elemento imponente na paisagem. No interior do parque nacional, na margem direita do rio Môa, vive a população indígena Nukini, aberta aos visitantes que queiram aprender um pouco sobre sua cultura. Para visitar a Serra do Divisor é indispensável contratar um guia local.

 

9) Parque Estadual Serra de Ricardo Franco (MT)

Na fronteira com a Bolívia, no sudoeste do Mato Grosso, o Parque Estadual Serra Ricardo Franco abriga três biomas: o Cerrado, o Pantanal e a Amazônia. O encontro desse trio já é motivo suficiente para visitar o parque e conferir as paisagens incríveis dessa mistura ambiental. A Serra Ricardo Franco, entretanto, tem outras atrativos na manga, como dezenas de cachoeiras e piscinas naturais de água cristalina. Com destaque para Cachoeira do Jatobá, com 248 metros de queda d’água, a mais alta do estado e uma das mais altas do Brasil, que é acessível através de uma trilha de 4 km. A entrada do parque é feita pelo município histórico de Vila Bela, a 520 km de Cuiabá. Não há cobrança de ingresso e é recomendável a contratação de um guia local, já que as trilhas e atrativos não são sinalizados.

 

10) Parque Estadual do Pico do Marumbi (PR)

No coração da Serra do Mar paranaense, o Parque Estadual do Pico do Marumbi é um destino imperdível para montanhistas e escaladores. Recheado de montanhas cobertas pelo verde da Mata Atlântica, não é difícil entender o porquê. O Pico do Marumbi, que dá nome ao parque, é o ponto mais alto, com 1.539 metros de altitude. Apesar do mais alto, ele é apenas um dos sete cumes que formam o Conjunto Marumbi, todos com alturas superiores a mil metros e paisagens panorâmicas da região. Existem cinco trilhas de acesso ao complexo montanhoso, com diferentes níveis de dificuldade. Para todas recomenda-se o acompanhamento de um guia local. Para quem gosta de escalar, há mais de 100 vias de escalada no Conjunto Marumbi, com comprimentos que variam de 20 a 350 metros. Outra opção mais relaxante de atrativo é o Salto dos Macacos, duas quedas que despencam de um paredão de 70 metros de altura e formam uma profunda piscina natural. O principal acesso ao parque é feito de trem, a partir da estação rodoferroviária de Curitiba sentido Paranaguá. Mas, para quem tem disposição, é possível ir a pé pelo Caminho do Itupava, uma trilha histórica de 22 km com início no município de Quatro Barras. A entrada no parque é gratuita.

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