Fotos: Arquivo Pessoal
Bordadoterapia alinhada à meditação
Por Mariana Menezes
Todos querem ter mais foco, atenção, concentração e habilidade nos seus afazeres, principalmente nessa agitação que o mundo está. Foi pensando nisso que a moradora de São Lourenço, Norma Carvalho, criou, há 20 anos, a Kitula Bordados para desenvolver uma técnica de bordadoterapia, que alinha o bordado à meditação. Desde então, ministra aulas em seu ateliê e desenvolveu e coordena o grupo “Ponto de Equilíbrio”, onde anualmente é realizado um projeto de bordado para fins beneficentes. Este ano já está sendo confeccionado um calendário para 2019 com frases inspiradoras e de autoconhecimento.
Segundo Norma, a proposta da Kitula é usar o bordado livre para promover um estado de alegria à medida que você trança as linhas, marca os pontos e se descobre respirando com harmonia. Conta que, o ato de bordar alinhado à meditação cria um momento de maior quietude e tranquilidade para que a pessoa possa olhar para si mesmo e redescobrir os significados, tanto da arte quanto da vida, sendo uma forma de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. “Bordar é muito mais do que fazer pontos e pontos. Bordar é dar alegria à criatividade por todas as possibilidades que o bordado livre oferece. Ponto por ponto, na combinação das cores e no bailar das agulhas, essa técnica possibilita que você conte uma história, ou registre um momento especial”, ressalta.
Norma conta que o bordado é uma atividade bem antiga, vem desde a pré-história, onde o primeiro ponto a ser utilizado foi o ponto cruz. Com o passar dos tempos, foram se aprimorando e se renovando a cada dia. E já é comprovado, em diversos estudos, que a utilização da arte manual no dia a dia traz inúmeros benefícios para a saúde, como reduzir o nível de stress, aumentar a concentração, elevar a produção de serotonina (hormônio do bem-estar), relaxar, além de estimular a criatividade. Assim como atividades físicas, técnicas de respiração, de meditação e yoga, pesquisas demonstram que o ato de bordar pode ser tão eficiente para relaxar e lidar com problemas emocionais quanto às demais práticas.
Uma pesquisa, publicada na revista especializada “Journal of Neuropsychiatry & Clinical Neurosciences”, analisou as consequências da prática de atividades manuais, como o bordado, com 1.321 voluntários entre 70 e 89 anos de idade. O resultado mostrou que ao praticar a atividade as chances de transtornos cognitivos e perda de memória diminuíram.
Outras pesquisas também mostram que o bordado ajuda a reduzir as dores crônicas, depressão, ansiedade e esquizofrenia. “O exercício de passar a linha e a agulha pelo tecido, num vai e vem nos faz silenciar e desconectar do mundo exterior. Enquanto bordamos, vamos entrando em equilíbrio e ressignificando os fios, os pontos e os nós de nossa história, trazendo serenidade e crescimento interior. Além disso, ao bordar ativamos áreas do cérebro que normalmente não são estimuladas no cotidiano”, explica a Bordadoterapeuta.
Cada sessão de Bordadoterapia tem a duração de duas horas e meia, para que haja um mergulho profundo no ser. A condução da metodologia Kitula oferece rotas para que cada praticante possa se reconhecer, resgatar suas histórias, encontrar sua própria voz e ter uma verdadeira experiência de relaxamento e paz interior.
Contatos: Norma Carvalho: (35) 99847-8336
Facebook: @ Kitula - Bordados
Instagram: @kitula.bordados.patchwork
Site: http://kitula.portalsl.com.br/
Através do Bordado podemos trabalhar a área psicomotora, artística, criativa e emocional