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11/04/2013 11h21

Anvisa libera linha de produção da Ades em fábrica de Pouso Alegre

Anvisa liberou a fabricação, distribuição, comercialização e consumo de todos os lotes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta segunda-feira (8) a fabricação, distribuição, comercialização e consumo de todos os lotes dos alimentos com soja da marca Ades, produzidos pela linha TBA3G, na fábrica da Unilever em Pouso Alegre . A paralisação da linha havia sido determinada pela agência no dia 18 de março após 96 unidades do suco de maçã, embalagem de 1,5 litros, terem sido envasadas e distribuídas ao mercado somente com água e soda cáustica, em fevereiro de 2013.

Segundo a Anvisa, a decisão foi tomada com base no relatório de inspeção sanitária, realizada pela Vigilância Sanitária de Minas Gerais e de Pouso Alegre, entre 18/3/2013 e 22/3/2013, na fábrica em Pouso Alegre. Segundo o resultado da inspeção, a falha operacional teria acontecido apenas durante a fabricação do produto com soja sabor maçã, marca Ades, embalagem de 1,5 litros, lote AGB25, fabricado em 25/02/2013 e válido até 22/12/2013. Com isso, a Anvisa decidiu manter a proibição da distribuição, comercialização e exposição ao consumo apenas deste lote do produto, que foi envasado com a substância de limpeza. Os demais que serão produzidos na linha TBA3G estão liberados.

Segundo relatório divulgado pela Vigilância Sanitária Estadual no dia 22 de março, houve falha operacional e humana no processo de envase do produto na linha de produção TBA3G na fábrica de Pouso Alegre. No dia 25 de fevereiro, o estoque do tanque que alimentava a linha de envase estava reduzido, o que caracterizaria final de processo e que a linha estaria pronta para o processo automático de limpeza. No entanto, o equipamento foi acionado novamente para o processo de envase. Dessa forma, houve o envase do produto de limpeza no lugar do suco.

A empresa não percebeu o desvio e o produto, embalagem de 1,5 litros do suco de maçã da Ades, foi distribuído ao mercado. Segundo assessoria de imprensa da Unilever, houve falha humana e dos equipamentos da linha de produção. A máquina acionou o sistema de limpeza com o estoque reduzido, e um funcionário teria iniciado o sistema para envase novamente.

“As investigações mostraram que a falha foi pontual. Entretanto, continuaremos a monitorar as medidas corretivas que estão sendo implantadas pela empresa”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento sanitário da Anvisa, Agenor Álvares. Em resolução divulgada no dia 3 de abril pela agência, a Anvisa exigiu da Unilever revisão dos procedimentos de segurança e controle do processo de envasamento do produto. Foi também solicitado a contratação de um supervisor, a manutenção preventiva da máquina a cada três meses e o treinamento recente de operadores da máquina.

Até a publicação desta nota, a Unilever não deu uma posição sobre os procedimentos que foram realizados pela empresa para que houvesse a liberação da linha pela Anvisa. Também não há informações sobre as 50 unidades do produto contaminado que ainda não tinham sido recolhidas pela Unilever após o recall realizado pela empresa no dia 14 de março.

A assessoria de imprensa da Anvisa informou ainda que as possíveis penalidades à empresa pela falha, em que a multa pode chegar a R$ 1,5 milhão, ainda não foram determinadas. A assessoria disse ainda, à época, que, em relação aos consumidores, corre um processo pela Secretaria Nacional do Consumidor. A multa da secretaria pode chegar a R$ 6,2 milhões.

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