Milhares de pessoas participaram do Bloco do Pijama/Foto: Arquivo
O tradicional Bloco do Pijama completa 30 anos neste carnaval e a expectativa é de que ele atraia mais de 30 mil foliões, que curtirão no embalo do trio elétrico mais conhecido do Sul de Minas.
A novidade deste ano é uma área vip na Ilha Antônio Dutra, com capacidade para 1.500 pessoas. Para garantir o acesso ao local exclusivo é necessária a compra de um abadá - camisetas usadas por foliões de blocos carnavalescos. Além de um espaço diferenciado, a camiseta garante o consumo ilimitado de bebidas e também um prato denominado “RangoFit”.
As pessoas que pretendem curtir o carnaval em São Lourenço ao som do Bloco do Pijama notarão a presença reforçada de seguranças. Segundo o presidente do Bloco, Lucélio Noronha, a segurança é uma questão que está sendo tratada com muito cuidado. “O Bloco do Pijama atrai multidões e isso demanda recursos para o controle e segurança durante o percurso. Temos reuniões todas as semanas com a prefeitura e outros órgãos, como a Polícia Militar. Acima de tudo, estamos preparados por uma festa segura”, explica.
Ainda de acordo com Lucélio, o bloco poderá contar com 120 agentes particulares contratados pela Prefeitura. O efetivo será composto por 40 brigadistas e 80 guardas. O presidente informou também que o Bloco do Pijama encerrará o desfile mais cedo. “Nesse ano, o som do Bloco do Pijama vai começar às 9h, na Ilha. O trio sairá de lá por volta de meia noite e meia. O retorno à Ilha deverá acontecer às 03h da manhã, quando haverá a dispersão do público”, conta.
Ao contrário dos anos anteriores, os vendedores ambulantes poderão entrar na Ilha e comercializar bebidas. A única restrição é que não serão permitidas a instalação de barracas ou a entrada de carros. Os ambulantes poderão transportar seus produtos em caixas de isopor, conforme infirmou Lucélio Noronha.
O bloco acontece no próximo dia 24, sexta-feira, e os abadás já estão sendo vendidos na cidade.
A história
O Bloco do Pijama surgiu quando um grupo de amigos decidiu festar na sexta-feira antes do Carnaval. A ideia foi levada a sério. Um dos amigos, quando chamado para sair com os demais, gritou “Já estou de pijama!”. Os outros responderam “pode vir assim mesmo”.
Assim conta Lucélio Noronha, conhecido como Paulista, um dos fundadores do Bloco do Pijama. “A ideia começou como uma reunião de amigos”. No ano seguinte foi oficial: o Bloco do Pijama estava formado, saindo com uma bateria e aproximadamente 200 participantes.
No próximo ano, mais de 500 pessoas já participavam. Posteriormente, conseguiram uma Kombi elétrica que fazia de carro de som. O Bloco foi crescendo e virando tradição e, em pouco tempo, o número de participantes aumentava consideravelmente. Após seis anos de realização, conseguiram o primeiro trio elétrico. Hoje o Bloco do Pijama é utilidade pública e marca oficialmente o início do Carnaval no sul de Minas.
Olhar para trás e ver a dimensão que a “reunião de amigos” tomou é inimaginável, como conta Paulista. “Tem horas que acreditamos, mas em outros momentos não nos damos conta tamanha proporção que alcançamos. O Bloco tornou-se referência em São Lourenço agindo como um patrimônio para a cidade”.