Cadeia de Lambari Rebelião na cadeia de Lambari

Rebelião na cadeia de Lambari .

Rebelião em cadeia de Lambari mobiliza militares e preocupa familiares dos presos. Uma rebelião na Cadeia Pública de Lambari, no Sul de Minas, mobiliza as autoridades locais na manhã desta segunda-feira (2). Segundo familiares dos presos, a situação é preocupante desde o início da manhã, quando muita fumaça começou a sair do local. Segundo eles, não há informações sobre o estado de saúde dos presos, e eles se preocupam com a possibilidade de mortes em função do ocorrido.

A mãe de um dos presos Ana Maria Granata Afonso Ferreira contou que a rebelião teria começado no sábado, depois que os presos começaram a se manifestar para denunciar agressões que um dos encarcerados estaria sofrendo por parte dos agentes. "Na revolta, eles colocaram fogo em um colchão para chamar a atenção das pessoas.

O delegado não gostou e agora cortou os benefícios dos presos, como visitas, banho de sol e alimentação. Ele quer que os presos contem quem colocou fogo no colchão, mas parece que ele não conhece a lei do silêncio que impera lá dentro", contou a mulher que saiu de Belo Horizonte na última sexta-feira para visitar o filho em Lambari - até essa segunda-feira ela não conseguiu ver o filho.

Ana ainda disse que ouviu tiros dentro do presídio e que há uma força-tarefa atuando no presídio, que tem 27 presos, os militares teriam vindo de Três Corações para auxiliar o controle do motim. Segundo ela, familiares de presos estão no local e, alguns, passaram mal e precisaram ser levados para o hospital. "É um absurdo, preso já não tem direito nenhum e o delegado ainda faz uma coisa dessas, como pode?", indignou-se a mulher.


De acordo com a Polícia Civil o motivo da rebelião seria a transferência de três presos para a penitenciária de Três Corações. Ainda segundo a Polícia Civil, a manifestação já estaria controlada. A Polícia Militar também reforça que a rebelião já está sob controle, apesar das reclamações de familiares sobre a total falta de informação sobre as condições de saúde dos presos.