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24/05/2012 09h48

Exploração sexual Exploração sexual: MG é o 17° em número de pontos vulneráveis

MG é o 17° em número de pontos vulneráveis por quilômetro em estradas federais

Estado possui uma das maiores mobilizações permanentes no país de proteção à crianças e adolescentes

Estado com a maior malha viária federal no país, com 10.672 km, Minas Gerais ocupa o 17º lugar no ranking nacional de pontos suspeitos de sediarem a exploração sexual de crianças e adolescentes. Levantamento feito pelo Governo de Minas aponta que o Estado tem um ponto vulnerável a cada 42,35 quilômetros de rodovia Nesse sentido, o Estado do Pará, com um ponto vulnerável para cada 10,29 km, aparece na ponta, seguidos pelo Distrito Federal, com um ponto para cada 10,44 km; Rio Grande do Norte, com um ponto para cada 17,53 km; Santa Catarina, com um ponto para cada 20,01 km; e Paraíba, com um ponto para cada 20,17 km.

No que diz respeito ao número de pontos, Minas Gerais ficou no primeiro lugar no Ranking Nacional de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Rodovias Federais, divulgado na última semana pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). São 1.776 pontos em todo o país, dos quais 252 foram identificados em Minas, em função da maior malha viária federal.

“É preciso relativizar o número de pontos, em razão da malha rodoviária. Quando se faz a divisão relacionando o número de pontos por quilometro, o cenário é outro”, ponderou a subsecretária de Direitos Humanos, Carmen Rocha.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pontos vulneráveis são os ambientes ou estabelecimentos nos quais os agentes da Polícia Rodoviária Federal identificam características tais como iluminação, presença de adultos se prostituindo, falta de vigilância privada, aglomeração de veículos em trânsito, consumo de bebida alcoólica, entre outras. Esses pontos podem ser críticos, de maior ou menor risco.

O estudo é feito com base no mapeamento da PRF, em parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Nos 64 mil km de rodovias federais no país, sob responsabilidade do Dnit, existem 1.776 pontos críticos identificados.

O estudo apontou aumento de pontos vulneráveis em 100% dos 27 estados da federação. “Existe uma maior visibilidade desse fenômeno. Com uma mobilização maior, a exploração sexual de crianças e adolescentes começa a sair um pouco da subnotificação”, disse Carmen. “Em Minas, essa visibilidade é ainda maior, em razão da Campanha Proteja Nossas Crianças, que tem a Polícia Rodoviária Federal e as grandes empresas de transportes como parceiros importantes”, destacou.

Proteja

Lançada em maio de 2008, a Campanha Proteja Nossas Crianças é uma das maiores mobilizações permanentes já realizadas no país com foco no combate à violência doméstica e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Conta com a parceria das emissoras de TV, rádio e jornais impressos do Estado. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca). O objetivo principal das ações é incentivar a população a denunciar as diversas violações por meio do Disque Direitos Humanos (0800 031 11 19).

Nos últimos três anos, o Disque Direitos Humanos recebeu 8.903 denúncias de crimes contra crianças e adolescentes, média de 2.967 relatos a cada 365 dias. Os crimes sexuais estão entre os mais denunciados neste período: foram 1.970 relatos.

Em 2011, o serviço registrou 2.038 denúncias sobre as violações dos direitos desse público. Os crimes sexuais (abuso sexual, exploração sexual, violência sexual) foram alvo de 338 (17%) denúncias. De janeiro a abril deste ano, o serviço recebeu 735 denúncias de crimes contra crianças e adolescentes, sendo 90 relacionados a crimes sexuais (12%).

Os crimes contra crianças e adolescentes são os mais denunciados por meio do Disque Direitos Humanos. Nesse contexto, o maior número de relatos diz respeito à violência física intrafamiliar, negligência e abandono.


Campanha Proteja Nossas Crianças tem o objetivo de combater a exploração sexual
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